Perpétua no Preventório (onde se aluga casa a R$ 50)

O bairro tem esse nome por causa do Educandário Santa Margarida, cujo muro faz divisa com o bairro. Era para o educandário que os flhos dos hansenianos eram levados quando estes precisavam ser deslocados para a colônia Souza Araújo.

A medida era para prevenir que as crianças contraíssem a doença. Daí o nome de Preventório.
Atualmente 800 famílias residem no bairro. 60% delas oriundas do interior do estado. A maioria, pessoas dos municípios de Tarauacá e Sena Madureira que migram para a capital sem dinheiro ou emprego e encontram no Preventório um local acessível.

Por R$50 por mês é possível alugar uma casa próxima ao centro da cidade o que evita despesas com transporte. No bairro, não existe cobrança de luz ou água, embora o serviço exista através de ligações clandestinas.
Tudo isso incentivou a criação de um modelo peculiar de especulação imobiliária que sobrevive às custas dos imóveis desocupados. As cerca de 40 casas desocupadas quando os moradores contemplados com casas populares dos programas governamentais não foram removidas e foram imediatamente reocupadas. Segundo informações dos próprios moradores, algumas pessoas chegam a possuir 10 casas alugadas no bairro, obtendo uma renda de R$ 500 por mês.

“Nada contra as pessoas buscarem meios de sobreviver. O problema é que se o governo não atentar para isso, não fiscalizar, o problema não vai acabar. Isso aqui é uma área de risco para as pessoas. Por isso não pode ter gente morando aqui, porque o local é impróprio. Coloca a vida delas em risco”, afirmou a deputada Perpétua Almeida que visitou o bairro na manhã desta sexta-feira (18).

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