Copa mostrará a ciência brasileira, diz pesquisador

Quando os jogadores da Seleção Brasileira de Futebol entrarem em campo em junho de 2014, para abrir a Copa do Mundo no novo estádio de São Paulo, eles caminharão ao lado de um menino e uma menina paraplégicos, que comandarão com suas mentes vestimenta robótica que lhes permitirá andar e dar os primeiros chutes do torneio. O cenário foi detalhado ontem pelo cientista Miguel Nicolelis, em audiência das comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE) e de Ciência e Tecnologia (CCT).

— Vamos mostrar o primeiro pontapé da ciência brasileira para toda a Humanidade — disse Nicolelis, que está desenvolvendo a vestimenta robótica no Campus do Cérebro, em Macaíba (RN), onde crianças beneficiadas pelo programa são cuidadas desde antes do nascimento.

Na audiência, a nova política brasileira de estímulo à inovação foi descrita pelo subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério de Ciência, Arquimedes Diógenes Ciloni. Entre os objetivos, está contribuir para a erradicação da pobreza e para a inserção internacional soberana do Brasil, além de reduzir a defasagem tecnológica e fomentar a economia verde.

Wellington Dias (PT-PI) Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Cyro Miranda (PSDB-GO) questionaram como multiplicar a experiência de Macaíba. Nicolelis defendeu ação integrada de três ministérios: da Educação, da Saúde e da Ciência. Para ele, os institutos federais de educação tecnológica poderiam atender alunos do ensino fundamental.

A proposta recebeu apoio de Walter Pinheiro (PT-BA), relator do projeto do Plano Plurianual 2011–2015, e de José Agripino (DEM-RN), que prometeu apresentar emenda ao Orçamento beneficiando o projeto de Macaíba.

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