Sem saber o que fazer haitianos ocupam ponte entre Brasil e Peru

A pequena cidade de Iñapari, localizada na fronteira com o Brasil através do estado do Acre, distante cerca de 310 quilômetros da Capital, Rio Branco, está passando por um dilema no que se refere a situação de haitianos que procuram refugio em solo brasileiro.

Desde a determinação do governo federal em impedir a entrada de quem não possui o visto, pegando de surpresa os que chegaram nos últimos dias na fronteira peruana, na esperança de passar para o Brasil e conseguir o visto provisório para iniciar uma nova vida longe da miséria que assola o Haiti.

Espremidos numa pequena pousada de madeira e outros espalhados pela pequena cidade, cerca de 100 haitianos estão passando necessidades básicas, como falta de água potável e comida, já que para alguns, o dinheiro acabou nesta quarta-feira, dia 18.

Segundo um dos representantes dos Direitos Humanos na cidade de Assis Brasil, Senhor Orcélio dos Rios, juntamente com o vereador Eunício Pereira Lima, estão tentando de alguma forma, levar alguma ajuda a essas pessoas no lado peruano.

Em conversa com um representante da pequena Iñapari, disse que esses haitianos que estão na cidade, ainda não haviam procurado ajuda e que iriam também oficializar um pedido ao município brasileiro de Assis Brasil.

Segundo um funcionário do serviço de imigração do Peru, disse que, mesmo com o prazo de permanência vencendo, irá causar problemas sérios já que o País não terá forma, economicamente falando, em deportar todos para o outro lado por onde entraram.

Muitos enfrentaram cerca de seis dias, desde a saída do Pais de origem, gastando cerca de $ 3000 mil dólares americanos cobrados por falsas agencias, com promessas de encontrar um lugar para trabalhar e viver melhor.

Para alguns que já não tem mais dinheiro, a praça se tornará um local de moradia até conseguir entrar no Brasil. Os agentes da Polícia Federal montaram um posto na ponte bi-nacional, impedindo a entrada em solo brasileiro, já que não possuem o visto em seus passaportes.

Segundo foi dito pelo Senhor Orcélio, alguns dormiram na ponte de terça para quarta-feira, por não terem mais como pagar hotel e por medo de serem expulsos pelas autoridades do Peru.

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