Sob a coordenação da promotora Vanessa Muniz (veja vídeo) integrantes da Polícia Civil fizeram uma busca e apreensão na prefeitura de Sena Madureira com o objetivo de recolher provas de supostas irregularidades nos contratos de servidores e na folha de pagamento dos 750 funcionários.
A blitz pegou a todos de surpresa. Servidores e usuários dos serviços do município foram obrigados a permanecer dentro de uma sala quente por mais de uma hora. A medida, segundo a diligência, era para assegurar os procedimentos de praxe numa operação desse tipo. Segundo a promotora Vanessa Muniz, a prefeitura foi alvo da investida porque não forneceu todas as informações sobre contratação e serviços de servidores.
-Nosso objetivo nessa busca e apreensão é verificar as irregularidades nos contratos de servidores e averiguar sublocações de contrato de trabalho. A medida está sendo tomada no município e em repartições do Estado – disse a promotora.
-Já fizemos outra busca e apreensão assim em instituições do Estado, como o Hospital João Câncio Fernandes – acrescentou Vanessa Muniz.
Segundo a promotora, o relatório completo sobre as investigações na prefeitura de Sena Madureira deve sair em 30 dias.
‘Coincidência eleitoral‘
Indagada se a medida tinha alguma coisa a ver com a campanha eleitoral, a promotora reiterou que a blitz do MP e Polícia Civil nesse período de eleições foi ‘apenas uma coincidência’.
-Foi uma coincidência. Nosso trabalho não tem nenhuma relação com a campanha eleitoral que se faz no município. Nem promotora eleitoral eu sou – declarou.
Na operação do MP foram apreendidos vários HDs, pen-drives e documentos referentes à folha de pagamento dos servidores.
O prefeito Nilson Areal não estava na prefeitura na hora da operação do Ministério Público. A reportagem tentou contato com ele, mas não conseguiu. Só depois o encontrou e gravou os vídeos abaixo:
Veja – A versão do advogado da prefeitura em vídeo: ‘abuso’
Veja – O desabafo do prefeito Nilson Areal em vídeo – ‘prisão de civis’