Bruna Lopes
SinproAcre
Em assembleia geral realizada pelo Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre), nesta quinta-feira (18), os professores da rede estadual em Rio Branco decidiram rejeitar a contraproposta apresentada pelo Governo do Estado e iniciam na manhã desta sexta-feira (19), em frente ao Palácio Rio Branco, uma greve por tempo indeterminado.
A presidente do SinproAcre, Alcilene Gurgel, ressaltou a soberania da assembleia e destaca o sindicato oferecerá toda a estrutura necessária para que o movimento grevista atinja o efeito que a categoria espera.
“O professor precisar ter sua reposição salarial. Na nossa pauta pedimos 20% de reajuste, além da realização de concurso público efetivo, reformulação da lei de gestão e dedicação exclusiva aos professores do 6º ao 9º e em Ensino Médio em caso de haver carga horária disponível, piso salarial e carga horária de 30h para os professores de contrato temporário por 24 meses ininterrupto, prorrogável por mais 24 meses”, confirmou a presidente.
A restrição quanto a concessão de reajuste salarial este ano foi justificada pelo governo em decorrência da crise econômica enfrentada pela ausência de arrecadação de tributos e nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Na contraproposta oferecida pelo Governo, estabelecia a aposentadoria na última referência para professoras com 50 anos de idade e 25 anos de contribuição. “Apesar das professoras representarem o maior número dentro da categoria, faltava essa conquista e o governo ofereceu essa garantia através da alteração da Lei Complementar Estadual. Mesmo assim, a categoria deseja é reajuste salarial e por isso vamos para mais uma greve”, confirmou Alcilene.