O assassinato de João Vitor, 13 anos, em Sena é uma tragédia humana

[Os direitos humanos não precisam ser conquistados – eles já pertencem a cada um de nós, simplesmente por sermos seres humanos. Não podem ser retirados de nós – ninguém tem o direito de privar qualquer pessoa de seus direitos] – Trecho da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Colégio Santa Juliana, em Sena

Esse assunto não é um assunto policial apenas.

Mais do que uma notícia sensacionalista dos que adoram sangue nos jornais e nas redes sociais, o assassinato desse menino de 13 anos em Sena Madureira é uma tragédia humana.

Que não sensibiliza mais ninguém.

Ou pelo menos a maioria nem se toca mais da realidade em que vivemos.

Que não levanta o debate na sociedade acreana para que mudanças de rumo sejam discutidas.

O acusado já está preso, menos mal.

Mas, e daí?

A solução não é a polícia muito menos policial.

Sena está cheia de meninos de 13 anos, de centenas de Joãos Vitor.

Quando será o próximo a ser atingido por uma, duas, cinco balas de outro delinquente?

Não só em Sena, mas em todo o Acre.

Que fazia um menino de 13 anos que não estava na escola?

Que escola?

Sena Madureira, incrível, nem se dá conta da tragédia que se abate sobre a cidade num acontecimento como esse.

Age como se não fosse com ela.

A família de João Vitor, pobre, claro, não sabe a quem apelar.

Não sabe dos seus direitos e dos seus Direitos Humanos também.

O município acaba de entrar num processo eleitoral e não se vê nenhum dos candidatos ou mesmo um partido político propondo algo para a juventude.

Só pensam em vencer as eleições e ficar no poder por quatro longos anos.

Enquanto isso as tragédias ficam à vontade para se repetirem a qualquer hora.

 

J R Braña B.

 

 

 

 

 

 

 

Sair da versão mobile