Embraer 190 é a solução para aeroporto complicado de ilha (v)

Por Fernando Brito, Tijolaço:

Avião brasileiro abre à operação “aeroporto inútil” da ilha de Napoleão

 

Santa Helena, que ficou mundialmente conhecida por ter sido o lugar em que os ingleses resolveram encarcerar Napoleão Bonaparte, de tão distante que era que seus adeptos nunca teriam a chance de resgatá-lo – a terra firme mais perto fica a mais de 2 mil quilômetros , voltou a ser notícia mundial dois séculos depois da morte do homem que mudou a face da Europa.

Ano passado, a BBC noticiou que o aeroporto internacional criado na ilha, ao custo de R$ 1,4 bilhão, era imprestável. Os ventos fortes e com mudanças súbitas de direção, na ilha que é composta quase que só de penhascos e vales apertados impediam o pouso seguro de aeronaves comerciais a jato de grande porte.

No máximo, operavam Avro RJ 100, com capacidade para 60 passageiros, o que encarecia demais a viagem, muito longa.

Agora, porém, isso mudou, com um aparelho de fabricação brasileira, o Embraer 190 da Airlink, uma companhia sul-africana, com o dobro da capacidade, repetindo, diversas vezes e em plena segurança, operações de pouso e decolagem sobre o penhasco que abriga a pista, em testes que se iniciaram no começo do ano.

Hoje está sendo feito o primeiro vôo comercial regular para a ilha, partindo de Johanesburgo, a 3,7 mil quilômetros de distância.

Uma vitória da aviação brasileira e dos que acham que este país pode mais do que copiar e produzir quinquilharias.

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