Dia do Trabalhador – A prática da meditação tem ganhado os escritórios do Brasil afora e quem já experimentou a técnica budista garante não largar mais, seja no ambiente de trabalho ou em casa.
Os benefícios de incorporar a prática à rotina vão desde maior poder de concentração até aumento da criatividade. Para quem deseja entender os efeitos da meditação ao cérebro, a Editora Alaúde acaba de lançar o livro “Cérebro e meditação”, obra que retrata os diálogos entre o monge francês Matthieu Ricard – considerado o homem mais feliz do mundo, segundo pesquisadores da Universidade de Wisconsin – e o neurocientista Wolf Singer, diretor do Instituto Max Planck de Pesquisa do Cérebro (Alemanha).
Singer é considerado um dos maiores especialistas mundiais no cérebro e autor de mais de 400 artigos científicos sobre neurociência. Veja abaixo a lista com motivos para iniciar a prática hoje.
Aumenta o grau de concentração
Relatório para terminar, reunião para acompanhar, projeto para desenvolver e concentração nula. A prática da meditação ajuda a se concentrar em um objetivo específico, criando um fluxo de atenção e aqueles que meditam podem manter a sua atenção durante períodos relativamente longos, conta o monge Mathieu Ricard.
Melhor o relacionamento interpessoal
Sabe aquela pessoa estourada, o famoso pavio curto? Os adeptos da prática budista desconhecem essas atitudes, isso porque eles desenvolvem o autoconhecimento e a meditação aumenta a sensibilidade em relação ao outro. Ainda de acordo com o estudo feito pelo Instituto Max-Planck (Alemanha), dirigido por Wolf Singer, os “burn-outs” são um resultado do desgaste emocional causado pela “fadiga da empatia”.
Aumenta a criatividade e produtividade
Checar o e-mail e Whatsapp a cada cinco minutos consome seu tempo, não?! A concentração ganhada durante a meditação vai aumentar não apenas a sua produtividade no escritório como também a criatividade, já que você não interromperá o processo criativo com facilidade. Ou seja, tudo terá sua hora certa para fazer.
Reduz a ansiedade
A preocupação com o futuro e o próximo passo pode tornar a rotina no mínimo estressante, por isso a prática ajuda o indivíduo a se concentrar no hoje. Para
Mathieu Ricard, “passamos um tempo considerável sendo vítimas de pensamentos insuportáveis, da ansiedade e da raiva (…) achamos mais fácil considerar que esse caos é “normal”, que a “natureza humana é assim”.
Sobre os autores
Matthieu Ricard é monge budista há mais de quarenta anos. Vive no Nepal, onde se dedica aos projetos humanitários da Associação Karuna-Shechen. É intérprete do dalai lama para o francês.
Wolf Singer é neurocientista, diretor emérito do Instituto de Pesquisas Cerebrais Max Planck e diretor fundador do Instituto de Estudos Avançados de Frankfurt (Alemanha).