Temer apela a Bolsonaro para manter médicos cubanos

# mais médicos

É a prova do ódio ideológico….- J R Braña B.

Médica cubana atende na zona rural do Acre (arquivo)

GOVERNO TEMER SUGERE A BOLSONARO RECUO NO “MAIS MÉDICOS”

 Escolha para Educação é negativa para Brasil.

 KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA

 Nos bastidores, o governo Temer avalia que dificilmente será possível substituir os médicos cubanos nos municípios pequenos e mais distantes dos grandes centros urbanos. Nesse contexto, foi feita sugestão à equipe de transição para que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, recue em relação às críticas ao programa “Mais Médicos” e tente negociar um período de transição com Havana para a saída dos cubanos do Brasil.

A avaliação de técnicos do Ministério da Saúde é que o histórico de editais para contratar médicos para cidades nos rincões do país revela que as vagas só foram realmente preenchidas com médicos estrangeiros, especialmente os cubanos.

O presidente Michel Temer recebeu avaliação realista transmitida pelos ministros Gilberto Occhi (Saúde) e Eliseu Padilha (Casa Civil) – este último responsável pelos contatos da atual administração com a equipe de transição de Bolsonaro. Coube a Padilha fazer a sugestão de recuo ao futuro governo.

A ideia seria manter as regras atuais do programa por um período de um ou dois anos, a fim de que o novo governo encontre uma forma de fazer a substituição sem atropelo. Críticas de Bolsonaro no Twitter desencadearam a reação de Cuba.

O presidente eleito disse que exigiria que todos os médicos fizessem o Revalida (exame de equiparação ao diploma de graduação brasileiro) e que o pagamento do Brasil a Cuba por meio da Opas (Organização Panamericana de Saúde) ficasse integralmente na mão dos cubanos. Hoje, esses médicos não precisam fazer o Revalida e recebem cerca de um terço dos R$ 11.860,65 pagos a Cuba.

A gestão Temer avalia que, por questão ideológica, Bolsonaro terá dificuldade em recuar e tentar restabelecer ponte com Cuba. Mas isso seria necessário. Auxiliares do presidente acreditam que a ausência de médicos por um prazo longo em cidades do interior poderá criar um problema de saúde grave em 2019, com reflexos na popularidade do novo governo.

(Kennedy Alencar, CBN-globo)


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