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Foi em 2000 que o pequeno Raheem, junto com sua mãe, atravessou o Oceano Atlântico saindo da Jamaica para chegar em Londres, na Inglaterra. Órfão de pai desde os dois anos de idade, a mudança de país não tornou a sua vida menos difícil. Mas deu a ele, em conjunto com seu talento nato para o futebol, a plataforma para que se tornasse uma das maiores estrelas atuais do futebol inglês e internacional.
A história de Raheem Sterling, atacante do Manchester City e hoje um dos líderes do English Team aos 24 anos de idade, é a história de muitos outros atletas que compõem o elenco da seleção inglesa. Jovens com pais imigrantes, ou eles mesmo nascidos fora do território inglês como Sterling, tem mudado a cara do time bretão em uma clara demonstração das mudanças que ocorrem na própria sociedade inglesa.
É claro que nem tudo são flores. Sterling mesmo foi vítima de ataques racistas dentro e fora dos campos, e a perseguição dos tabloides ingleses ao jovem jogador é exagerada e vil em muitos aspectos. Mas também para mostrar como as coisas tem mudado na sociedade inglesa, Sterling tem usado sua vasta plataforma de acesso às mídias para lutar contra preconceitos e apoiar causas sociais.
A luta tem mostrado resultados, com diversas figuras do futebol e além dando apoio às bandeiras que Sterling tem levantado usando a ele mesmo como exemplo. Nobreza e humildade raramente encontradas no mundo atual.
Fonte: “West Ham United Vs Manchester City” por joshjdss (CC BY 2.0)
Entre as quatro linhas, Sterling também vai muito bem, obrigado! Ele está entre os seis atletas que podem ganhar o prêmio de Melhor Jogador do Ano da Premier League inglesa no fim da temporada, com chances de 3.5 nas apostas esportivas da Betfair. Apenas Virgil van Dijk, defensor do Liverpool, tem chances maiores de vitória a 1.25.
Obviamente, o sucesso não se limita a Sterling. Um exemplo recente de um jovem com todo o potencial de impressionar fãs de futebol tanto quanto Sterling é o jovem Jadon Sancho, hoje atleta do Borussia Dortmund na Alemanha.
O caminho de Sancho foi um tanto quanto inusitado para a carreira de um jogador inglês. O atacante de 19 anos com pais nascidos em Trinidad e Tobago se formou nas categorias de base do Watford e do Manchester City, clube de Sterling. Entretanto, ao invés de se manter na Inglaterra como muitos outros jogadores promissores do país acabam fazendo, ele resolveu apostar suas fichas em decolar nos campos alemães.
E a aposta foi um completo sucesso. Em outubro do ano passado, Sancho fez sua estreia com a seleção inglesa. Foi uma recompensa pelo retumbante sucesso alcançado na Alemanha, onde ele se tornou titular do segundo maior time do país em sua segunda temporada no clube.
Fonte: Pixabay
Uma outra grande história de sucesso é a de Callum Hudson-Odoi, que hoje atua pelo Chelsea. O ala de 18 anos, que também é chamado de CHO pela torcida do clube inglês, não precisou passar pelos vários empréstimos que atletas da sua idade sob tutela dos Blues costumam enfrentar. Em sua primeira temporada como profissional, o jovem promissor foi integrado diretamente ao primeiro escalão do time de Londres.
Logo depois, veio a recompensa. Hudson-Odoi fez sua estreia pela seleção inglesa em março deste ano. Sua atuação fez dele um recordista, se tornando o segundo jogador mais jovem a jogar uma partida competitiva pela Inglaterra. O recordista? Um cara chamado Wayne Rooney.
Para jovens como Sancho, Hudson-Odoi e muitos outros, Sterling acaba sendo um modelo. Um papel que ele já abraçou, motivando estes jovens desde cedo pelas mídias sociais e também dentro de campo.
É uma camaradagem que tem tudo para dar certo para a seleção inglesa, mostrando que o quarto lugar na Copa do Mundo do ano passado foi muito mais que uma coisa de momento.