Ipea: Cresce violência no Norte [situação social determina] (avaliação Acre)

ipea violência #

Atlas da Violência 2019, Ipea

Milagre???!! Sena Madureira não aparece na avaliação dos municípios do Acre – J R Braña B.

Ipea divulga o Atlas da Violência dos municípios brasileiros

 

(Levantamento mostra crescimento da violência nas regiões Norte e Nordeste)

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) analisou 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes em 2017 e fez um recorte regionalizado da violência no país.

(…)

O município mais violento do Brasil, com mais de 100 mil habitantes, é Maracanaú, no Ceará. Em segundo lugar está Altamira, no Pará, seguida de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Dos 20 mais violentos, 18 estão no Norte e Nordeste do país.

(…)

Nos municípios mais violentos, o perfil socioeconômico é mais parecido com os países latino-americanos ou africanos: as pessoas, em geral, não têm acesso à educação, desenvolvimento infantil e mercado de trabalho.

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Analisando a região Norte do Brasil, começando pelo Acre, é possível observar que
quase todo o estado apresentava taxa estimada de homicídios acima de 20,0, com exceção
do município de Marechal Thaumaturgo (0,0), mais ao nordeste do estado.

As maiores taxas do Atlas da Violência 2019 estavam presentes na capital, Rio Branco (85,3), Porto Acre (80,2), Assis Brasil (57,3) e Senador Guiomard (51,0), localizados nas microrregiões de Rio Branco ou de Brasileia, ao sul do estado. Outros dois municípios com altas taxas de homicídio eram Cruzeiro do Sul
(64,1) e Feijó (54,9).

Segundo o Ministério Público do Acre, esses dois municípios situam-se na rota do tráfico de cocaína que saem de cidades peruanas e passam pelas regiões de Juruá, Alto Acre e Purus.

Certamente, muitas mortes no estado têm relação com os confrontos entre Primeiro Comando da Capital (PCC) e B13 com o Comando Vermelho, em uma disputa por rotas de escoamento das drogas em um estado que possui fronteira de 1,4 mil quilômetros com Bolívia e Peru, países produtores de cocaína.

Tais embates são reconhecidos pela Polícia Civil, que afirma que há um “acirramento de uma guerra entre grupos criminosos que tentam se consolidar e dominar o mercado do comércio varejista e atacadista de armas,
drogas e produtos receptados”.

Entretanto, dinamizando as facções locais, os dados do Departamento Penitenciário Nacional (Infopen) indicam que o Acre tem a segunda maior taxa de aprisionamento do país e que 45% da população presidiária são jovens.

Leia o documento do Ipea (Atlas da Violência aqui, na íntegra)


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