Crônica de Dandão: Massagistas

Ecronicadandão

 

Francisco Dandão 

Um dia desses, em 26 de abril, se comemorou o Dia do Goleiro. Eu até escrevi alguma coisa alusiva à comemoração, lembrando que a data foi escolhida por marcar o nascimento do goleiro Manga, um pernambucano que ganhou o mundo jogando futebol e que chegou até à seleção brasileira.

Todos os anos, muita gente publica (posta, no caso da internet) comentários neste dia, mostrando os seus ídolos dessa posição. E aí, essas publicações/postagens vão lembrando a gente de muitos goleiros que um dia assombraram os nossos olhos com defesas mágicas (ou frangos históricos).

Diferentemente, porém, das inúmeras comemorações pelo Dia do Goleiro, são poucas as criaturas que tecem elogios e admirações na data alusiva ao Dia do Massagista, um profissional também de suma importância, tanto para o futebol quanto para a prática de quase todos os outros esportes.

Pra falar a verdade, eu acho que pouca gente sabe que existe um Dia do Massagista. Pois eu lhes digo que esse dia existe sim e já está bem ali, daqui a pouco mais de uma semana, na terça-feira, 25 de maio. Nada mais justo. Se existe dia de quase tudo, o massagista também merece ter sua data.

Naturalmente, o Dia do Massagista não foi instituído somente pensando nos trabalhadores do esporte. A data homenageia profissionais de todas as searas que se dedicam, principalmente com as suas mãos (mas não apenas, destaque-se), a propiciar bem estar aos corpos sob os seus cuidados.

Coincidentemente (ou não, sei lá eu), tanto goleiros (o pessoal do dia 26 de abril) quanto massagistas (a turma do dia 25 de maio) usam para a sua prática profissional, preponderantemente, as mãos. Os primeiros, para amaciar as bolas adversárias. Os outros, para relaxar músculos exauridos.

Uma diferença que me ocorre aqui enquanto escrevo entre essas duas atividades é que um sujeito que se diz goleiro, mas que na realidade não pega coisa alguma, é delatado ao primeiro chute. Já massagista, muita gente sem formação acaba, às vezes por insistência, enganando os menos avisados.

Mas agora voltando essa conversa para o lado específico do futebol, eu quero aproveitar o ensejo para lembrar os nomes de dois massagistas que marcaram época no Acre, tornando aptas para o embate as pernas de diversos jogadores nas décadas de 1970 e 1980: Jacinto Silva e Nazaré Santos.

Jacinto Silva foi um dos maiores nomes da massagem esportiva na região Norte do país. Quase um mago da massagem, que conseguia recuperar atletas em tempo recorde. E Nazaré Santos, essa foi somente a primeira mulher a trabalhar num time de futebol masculino no Brasil. Apenas isso!

Francisco Dandão – escritor e jornalista

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