Binho em O Globo sobre Educação: ‘Retrocesso histórico’

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Coluna de Miriam Leitão

Foto: FB de Binho, que foi governador do Acre

A Educação entre a omissão e desvios

 

Há o que o ex-ministro Milton Ribeiro fez, e há o que ele não fez na Educação. É difícil saber o que é mais condenável.(…)

Enquanto o MEC era dominado por pessoas e agenda estranhas aos interesses públicos, o governo federal deixava de coordenar a educação brasileira numa crise de grandes proporções.

A pandemia chegou na educação como uma bomba de destruição em massa. Por causa dela, milhões de crianças ficaram sem estudar, meninos e meninas entrando na fase de alfabetização tiveram seus estudos interrompidos. Os dados mostram que houve uma perda forte de aprendizagem. O Brasil regrediu numa área em que tem um atraso crônico. O Ministério da Educação nunca foi tão necessário.

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Ribeirou assumiu o MEC em julho de 2020, no lugar do ex-ministro Abraham Weintraub, que também deixou a pasta após uma série de polêmicas. Não há, no governo Bolsonaro, nada a se comemorar na área.

Na visão do consultor Binho Marques, ex-governador do Acre e especialista em educação, as duas gestões se complementam e têm uma marca em comum: a omissão.

— Eles foram omissos em tudo. O Brasil tem uma organização da educação muito diferente da do resto do mundo. Há muita autonomia dos estados e dos municípios. Mas a maioria não tem condições técnicas nem financeiras. Eles precisam do MEC, é uma necessidade de coordenação. O que vimos foi justamente o contrário, um retrocesso histórico —explicou.

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A evasão escolar disparou. (…)

Binho Marques diz que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sempre foi alvo de cobiça dos políticos, porque movimenta um orçamento em torno de R$ 65 bilhões por ano. Mas desde o governo Itamar Franco, passando por Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer, foram criados mecanismos para a blindagem do órgão. No governo Bolsonaro, isso acabou.

— O FNDE, que havia se tornado uma autarquia exemplar, foi completamente loteado, transformado em um balcão de negócios, que lembrou o período pré-Itamar. Acabou a profissionalização — disse.

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A íntegra para assinantes da coluna de Miriam, aqui

Em tempo: Binho só não é ouvido sobre Educação no Acre, como diz Jorge Viana…

J R Braña B.

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