Zezeinho Ribeiro…o maior tricolor de Sena Madureira morreu hoje em Rio Branco….Morreu campeão da Libertadores 2023!
Encontrei ele na pandemia de Covid…
Aí a foto…
Com a máscara do Fluminense.
Conheci Zezinho desde quando eu era criança…
Antes de ser comerciente foi magarefe (açougueiro).
No mercado da cidade…
No tempo que carne boa, sem osso – em Sena e no Acre era só para as autoridades locais…para o juiz, o prefeito, o coletor de impostos, o delegado….
O que sobrasse, ao povo cabia…
Zezinho Ribeiro foi uma lenda do principado…
O único comerciante dono de bar do planeta que conheci que começava uma conversa, uma história e ela nunca acabava…
Cansei de ouvir as histórias infinitas de Zezinho…
Eu gosto de ouvir as pessoas….
Aprendo muito…
Frequentava o seu bar…
Ele me atendia…E começava a história…
Atendia outra mesa…e outra e outra…
Quinze minutos depois retornava à minha mesa e continuava a mesma história…
Eu já sabia…
Eu e o A. José sabíamos….
A gente se divertia…
Aliás, Zezinho e o A. José (torcedor doente do Fla), também meu amigo, brigavam sempre por bobagens…
Interferi algumas vezes…
A última foi por conta de cerveja…As quantidades de cada um não batiam na hora de fechar a conta…
Eu dizia a eles: ‘Dois velhos amigos brigando por cerveja…vocês são ridículos…’
No final tudo acabava bem…
Zezinho Ribeiro amava Carnaval, mas seu tempo de brincar era diferente…
Ele começava no terceiro pro quarto e dia e continuava dois, três dias após a folia oficialmente acabar…
A cidade toda sabia disso…e dizia…’Zezinho faz isso todo Carnaval’…
Zezinho Ribeito foi um perssonagem do município…
Com história…
Se orgulhava da esposa e dos filhos…
Tinha um hotel…
Quando acabou o Hotel Braña (que vou ressuscitar quando acertar na Mega-Sena) eu ficava no Hotel do Zezinho….
Agora, herança da família…
Zezinho Ribeiro foi um bom homem…
E fazia parte de uma geração que começa ir embora….
Esse é o lado ruim da vida…
Por que temos que morrer…?
Zezinho viveu o seu tempo em Sena….
Um tempo e um mundo incompreensíveis para os jovens de hoje em dia…
J R Braña B.