Diálogos: Sim à escola de tempo integral. Mas, qual?

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Coluna Diálogos com o professor Márcio Batista (vídeo e texto…)

 

 O debate em torno da educação em tempo integral vem ganhando cada vez mais notoriedade no Brasil e no mundo.

Países como Finlãndia, Alemanha, Coréia do Sul, Chile e Irlanda implementam uma jornada escolar de 9 horas diárias com uma base curricular bem diversificada, apresentando por consequência resultados extraordinários na aprendizagem escolar.

Em tempos de inteligência artificial, mundo disruptivo, complexo e volátil, é cada vez mais necessário fazer o aluno aprender a pensar com maior dinamismo.

Quatro horas em sala de aula certamente  não permite  a experimentação de um repertòrio  mais amplo de possibilidades, de modo a desenvolver e agrupar os componentes cognitivos  e emocionais, constituindo uma educação efetivamente integral, quanto ás suas múltiplas dimensões.

Dados do censo escolar de 2023 assinalam que apenas  21,9% dos estudantes de ensino médio cursam a modalidade, com destaque para os estados do Ceará e Pernambuco.

O governo federal lançou ainda no ano passado programa que visa ampliar em 3 milhões e duzentas mil novas matrículas nos estados e municípios até  2026.

Porém, o cuidado que se deve ter é não limitar a execucão do programa à extensão da jornada escolar e a uma construção curricular dissociada do mundo dos jovens.

É necessário democratizar e aprofundar tal política pública sob pena de tornarmos uma idéia boa numa coisa ruim, monótona e impositiva.

Já somos a nona maior economia do mundo. E na educação não podemos pensar pequeno.

Márcio Batista, professor

 

 

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