Nessa semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, levando a Selic a 14,75% ao ano, o maior valor registrado em quase duas décadas. Esta decisão reflete um sistema econômico que privilegia os interesses dos grandes capitalistas em detrimento da população, impondo um fardo sobre as famílias brasileiras e aumentando a desigualdade social.
Essa política monetária mostra a falsa premissa de que juros elevados são uma solução para o controle da inflação, enquanto, na prática, ela aumenta a exploração dos trabalhadores. O impacto é direto: os juros elevados encarecem o crédito, limitando o acesso das pessoas aos recursos necessários para sobreviver, e comprometem a capacidade produtiva da indústria nacional, que já sofre com a crise do capitalismo.
O Brasil, com uma das maiores taxas de juros reais do mundo, vive um ciclo de retrocesso econômico, onde o capital financeiro, ao invés de ser direcionado para investimentos produtivos, serve para alimentar o sistema de o rentismo(especulação fictícia financeira), que só aumenta. O governo, sob a tutela dos interesses financeiros internacionais, continua a priorizar uma política monetária que beneficia o capital e desconsidera a necessidade de uma reorientação econômica que sirva às necessidades do povo e da soberania nacional.
A elevação da taxa de juros, além de aprofundar a austeridade fiscal, cria um ambiente em que o crescimento econômico se torna cada vez mais restrito e desigual. Os trabalhadores, que já enfrenta um cenário de desemprego, baixos salários e precarização, serão ainda mais penalizados por essa decisão, que reforça a lógica de um sistema que não funciona para a maioria. O Brasil quer de volta uma política econômica que ponha fim à ditadura do mercado financeiro e que direcione recursos para o desenvolvimento da indústria nacional e a melhoria das condições de vida de todos os brasileiros.