Festival Pachamama 2011 começa nesta terça

Durante seis dias, Rio Branco será a capital do cinema sul-americano. De 22 a 27 de novembro acontece a segunda edição do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira. O festival que tem uma programação gigante esse ano traz sua mostra principal sempre às 19 horas, no Cine Teatro Recreio. Mas o Pachamama não é somente uma mera exibição de filmes, é o intercâmbio cultural entre o Brasil e os países vizinhos Peru e Bolívia, com a criação de uma rede de produtores e consumidores de serviços multiculturais. Além disso, todas as sessões são de graça.

O Pachamama também é uma forma de garantir o acesso a filmes sul-americanos que normalmente estão fora dos grandes circuitos e salas de cinema tradicionais. É um cinema diferente, um olhar audiovisual diversificado na região. O Festival é organizado por Sérgio Carvalho, Jorge Henrique Queiroz e Charlene Lima, a produção fica por conta de Talita Oliveira e Rodolfo Minari. Mas a programação do festival vai muito além de sua mostra principal. Mostra paralela, mesa redonda, palestra e shows compõe esse imenso projeto.

A própria mostra paralela Cinema no Bairro é uma atração a parte. Realizada pelo grupo peruano Nómadas, um telão inflável com mais de sete metros será erguido em bairros periféricos de Rio Branco, exibindo documentários e filmes de ficção onde o cinema não pode chegar.  Serão várias apresentações, uma no dia 23, no bairro Taquari, outra no dia 24, no Bairro São Francisco, mais uma dia 25 no bairro Aeroporto Velho e a última dia 27, na Gameleira. Todas terão a presença de Jefferson De, diretor do filme brasileiro mais premiado de 2010, Bróder.

Mostra principal

O Pachamama traz filmes inéditos que estiveram tanto fora quanto dentro do circuito das grandes salas de cinema, como o premiado Bróder (23 de novembro, 19 horas, no Cine Teatro Recreio). Mas há também documentários, como o que abre a mostra principal, Me Voy (22 de novembro, 19 horas, no Cine Teatro Recreio), de Maria Emilia Coelho, que aborda os impactos provocados pela construção da rodovia Interoceânica.

O recém lançado filme O Palhaço será exibido no sábado, dia 26

Outro grande nome do festival esse ano é o sucesso internacional peruano Contracorrente (25 de novembro, 19 horas, no Cine Teatro Recreio), que conta a história secreta de amor entre o pescador Miguel e o pintor Santiago, num pequeno vilarejo peruano, religioso e machista. A vinda do ator principal do filme, Cristian Mercado, já está confirmada para apresentar e conversar com o público presente no festival.

O recém lançado filme O Palhaço (26 de novembro, 19 horas, no Cine Teatro Recreio) é outro. Nele, Benjamim e Valdemar formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Benjamim é um palhaço sem identidade, CPF e comprovante de residência, ate o dia que acredita que perdeu a graça e parte em uma aventura atrás de um sonho. Dirigido por Selton Melo, o ator global Erom Cordeiro e a atriz Giselle Motta vêm a Rio Branco especialmente para apresentar a obra.

Já no encerramento, será exibido o longa Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios (27 de novembro, 19 horas, no Cine Teatro Recreio), que conta com a trilha sonora do acreano Shaneihu Yawanawá e retrata uma história de amor que se passa numa pequena cidade de garimpo no interior do Pará. A sessão terá a presença especial do ator Gero Camilo e o cacique Dadá Borari.

A valorização da nossa produção

Fora das salas de cinema, tem também uma Mesa Redonda Integração Cultural, que acontece nos dias 24 e 25, às 15 horas, na Filmoteca Acreana. A mesa é um debate com a Associação Acreana de Cinema (Asacine) e produtores sul-americanos para encaminhar questões sobre a integração cultural entre os três países que compõe o Festival. Já o próprio Jefferson De, diretor de Bróder, estará realizando uma série de palestras, dia 24, no Centro da Juventude do São Francisco, às 16 horas e dia 25 no bairro Aeroporto Velho no mesmo horário.

No próprio festival, dia 23, às 19h, no Cine Teatro Recreio, será exibido um dos primeiros filmes acreanos, o longa metragem Rosinha, a Rainha do Sertão, dirigido por João Batista. A sessão contará com uma homenagem a Asacine, que representa os pioneiros do cinema acreano. O filme foi rodado em 1974, em super 8mm, na cidade de Rio Branco e, entre o drama e humor,  retrata a chegada de sulistas no Acre na década de 1970, atraídos por um novo modelo econômico baseado na pecuária, gerando um choque cultural entre os migrantes e o homem acreano.

Junto do encerramento dia 27, acontece também uma homenagem especial, com o Troféu Pachamama de Integração Cultural aos grupos: Chaski, Nómadas, Festcine Amazônia e Associação Yanemarai.

Show do Otto

Para o encerramento dessa edição, o Festival Pachamama traz um show inédito para o Acre. É o cantor Otto, que se apresenta no dia 26 de novembro, a partir das 23 horas, no estacionamento da Usina de Arte

Para o encerramento dessa edição, o Festival Pachamama traz um show inédito para o Acre. É o cantor Otto, que se apresenta no dia 26 de novembro, a partir das 23 horas, no estacionamento da Usina de Arte. O pré-show fica por conta da banda acreana Caldo de Piaba e logo depois acontece mais uma edição da já tradicional Noite Latina, com as DJs Malu e Ângela e muita animação. O ingresso será R$20 antecipado e R$30 na hora.

O cantor Otto vem se destacando no cenário nacional por ser um artista com influências de ritmos de todo o Brasil e por fundi-los com música eletrônica. É saudado como autor de um trabalho inventivo e estimulante, numa colagem de maracatu com drum’n’bass, forró com rap. Otto, em sua obra musical, também dialoga com o cinema, tendo assinado a trilha sonora de diversos filmes. No Acre ele apresenta o álbum “Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos”.

Quer conhecer a programação completa do Festival Pachamama – Cinema de Fronteira e ainda ficar por dentro de tudo o que esta acontecendo? Então visite o site oficial: www.cinemadefronteira.com.br

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