De novo: Osmir Neto é preso acusado de ter abusado de 19 jovens

A Polícia Civil desencadeou nesta quarta-feira a “Operação Glamour” que culminou com a prisão do fotógrafo e empresário Osmir D’Albuquerque Lima Neto, 49, por crimes sexuais praticados contra jovens adolescentes com idade de 12 até 20 anos. A prisão aconteceu por volta das 14 horas no sétimo andar do edifício Centro Empresarial Rio Branco, local onde ele mantém um estúdio fotográfico.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa dos país de Osmir Neto. Lá, foram apreendidos computadores, material fotográfico e documentos variados.

O mandado de prisão foi expedido pelo juiz da 2ª Vara da Infância e da Juventude, Romário Divino, e foi cumprido pelos delegados Getúlio Teixeira, Elenice Frez e Nilton Boscaro, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (Nucria). Osmir Neto é acusado de estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fralde, previstos nos artigos 213, 224 e 215, respectivamente, todos do Código de Processo Penal brasileiro.

As investigações que resultaram na prisão aconteceram ao longo dos últimos três anos, período em que a Polícia Civil reuniu uma grande quantidade de provas, entre elas, farto material fotográfico, imagens de vídeo, áudio e escutas telefônicas.

De acordo com informações divulgadas pela polícia, 19 jovens teriam sido vítima de Osmir Lima. No ato da prisão, duas jovens menores encontravam-se com ele no estúdio.

Grande parte dos crimes cometidos por Osmir Neto foram cometidos no interior do estúdio do Centro Empresarial. Lá, ele teria estuprado algumas de suas vítimas menores.

O estúdio continha grande quantidade de bebidas, chocolates, doces e salgadinhos. Os peritos da Polícia Civil estiveram no local e recolheram parte desse material para análise. A polícia quer saber se o investigado induziu alguma menor a ingerir alguma droga lícita que lhe facilitaria o crime sexual.

Há indícios que Osmir Lima também tenha feito vítimas em vários municípios do interior.

As jovens eram atraídas por ele com promessa de aparecerem em capas de revista, participarem de desfiles, e sucesso no concorrido mundo da moda. No estúdio fotográfico, as que não cediam mediante convencimento ou promessas fraudulentas, eram forçadas a fazerem sexo com ele mediante violência ou ameaças de violência.

Essa não seria a primeira vez que Osmir Lima é preso por crimes sexuais contra menores. Em 1996, ele lançou a revista The Quick New York Magazine, instrumento que utilizava para atrair menores, as quais passou a abusar sexualmente. Ele produzia fotos de crianças que iam aos seus estúdios, em Botafogo e Ipanema, atraídas pela proposta de que se tornariam modelos. Ele também lançou vídeos, que eram negociados até em bancas de jornais. Várias crianças foram atraídas em shoppings centers.

Em 2000, ele foi denunciado por posse e divulgação de imagens e vídeos de menores. Antes de ser preso, Osmir fugiu para os Estados Unidos, retornando ao Brasil em 2001, sendo preso em Belém/PA. Com ele, a polícia apreendeu mais de 500 fotos de menores.

Ele foi julgado pela 26ª Vara Criminal do Rio de Janeiro e condenado a 32 anos de prisão. Parte da pena de foi cumprida no presídio da Papuda, em Brasília/DF. Ele foi liberado, em condicional, e voltou a morar no Acre.

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