Léo do PT: Carta aberta

Costumo não falar quando não é necessário. E não falar sobre aquilo que é óbvio. Contudo, diante da repercussão das recentes especulações sobre uma possível candidatura minha a vice-governador, e mesmo entendendo que é um tema que não me diz respeito, sinto a obrigação de quebrar o silêncio e, praticamente repetindo o que já disse publicamente em outros momentos, emitir minha opinião.

Sou um militante político. Nasci e me criei no PT. Minha tia Nilza Cunha é fundadora do partido e seu nome consta na primeira ata, que referendou Chico Mendes como nosso primeiro presidente.Meu pai, Tácio de Brito, é um militante respeitado, que serviu nossas administrações por 15 anos. Neste partido, tive a honra de atuar nos movimentos estudantil e ambientalista e na JPT. Como militante, fui secretário de estado e eleito pelo voto direto da militância em duas ocasiões consecutivas presidente do partido. Pelo PT, fui candidato a deputado estadual e federal. Hoje, com grande honra, sou primeiro suplente de deputado federal da Frente Popular. Em comum nesta trajetória, o fato de nunca ter pleiteado ou pedido nada ao PT. Tudo o que fiz, o fiz cumprindo missões partidárias de grande relevância.

Honra-me e recebo com humildade neste momento o fato ter meu nome lembrado por setores da juventude do PT, que compreendem que é o momento das novas gerações assumirem, junto com os construtores há mais tempo de nosso projeto, grandes responsabilidades no momento político em que vivemos, para ser candidato a vice-governador de um grande governador como Tião Viana. As movimentações partidárias são legítimas e os nomes que estão sendo lembrados para vice têm grande expressão e importância política para o fortalecimento da Frente Popular, como os nomes do presidente da ALEAC, deputado Élson Santiago, dos deputados Jamyl Asfury e Astério Moreira, do ex-prefeito Raimundo Angelim, dos secretários Reis e Edvaldo Magalhães, dentre outros. Isso é a prova evidente de que o debate na Frente Popular é democrático e está em aberto.

Desse processo, tenho duas convicções muito firmes: a Frente Popular tem obrigação de buscar um entendimento sobre candidatura majoritária e cabe ao governador Tião Viana a escolha de seu vice. Em longos anos de vida partidária aprendi que candidato majoritário não se convida. É convidado.

Quanto a mim, sou candidato à candidato a deputado federal pelo PT, como o fui nas eleições de 2010, obtendo a confiança de 13.826 cidadãos acreanos, a quem sou muito grato, que acreditaram na renovação do parlamento federal e que me ajudaram a chegar à primeira suplência de deputado federal da Frente Popular.  Entendo que esse é um caminho natural.

 É o óbvio. Mas teve que ser dito.

Rio Branco, 24 de dezembro de 2013.

Léo do PT

Militante do Partido dos Trabalhadores

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