Domingo de Páscoa.
O shopping ficou cheio.
A cidade estava calma.
Ruas livres para passear.
Sem carros e motos aos milhares como se vê todos os dias.
Encontro com um amigo jornalista no mall.
Que é oposição ao Governo do PT.
E que vai trabalhar para a oposição.
Para o doutor GladsonC.
Desejo boa sorte, mas digo a ele que voto em outro candidato ao senado.
Voto em candidata.
Voto na esquerda.
Voto na Flor.
Desde que me entendo como gente estou do mesmo lado.
Na política ficar do mesmo lado por muito tempo é muito difícil.
E a disputa política no Acre não pode ter meio termo.
Não há espaço para ficar em cima do muro.
Sem posição.
Professores e intelectuais progressistas que ficam em cima do muro – ou ‘neutros’ – fazem o jogo da direita, dos tucanos e do Partido Progressista (?) que querem retornar ao poder no Estado.
O mesmo serve para as eleições presidenciais.
Não dá para voltar à década de 90, como quer o PSDB de Aécio Neves.
Para mim, o arremedo de projeto do Eduardo Campos e Marina não tem a menor chance.
Não vão passar de onde estão.
Bem…
Aqui no Acre a campanha está começando.
No meio de um vendaval.
O vendaval de 60 dias do isolamento do Estado por conta da interrupção do tráfego na BR-364, em Rondônia.
Um vendaval que já perdeu forças, mas ainda não passou.
Não foi embora completamente.
E é neste cenário que a luta política no Acre começa a se desenrolar.
De um lado, uma frente de partidos comandada pelo PT, que governa o Acre há quase duas décadas.
E que promoveu mudanças e tem se renovado na medida do possível para oferecer à cidadania novas respostas aos seus problemas.
De outro, uma oposição caduca, morfa e sem vida inteligente, que possa entusiasmar o povo com alguma ideia nova.
Que aposta novamente na mesmice do discurso atrasado, preconceituoso e velho.
Quem tem em seus líderes nomes como MBittar e GladsonC, que não representam mudança positiva para os anseios do povo.
Mas ontem foi domingo.
De Páscoa.
E as crianças fizeram a festa durante o dia.
E criança representa renovação.
Páscoa, ressurreição.
E o Acre começa a ressurgir.
Em plena semana santa.
Com seus significados.
Quer mais do que isso?
Os espertos estão se aproveitando
Tudo agora é a desculpa do isolamento do Acre pela BR-364.
Tudo bem que os empresários fizeram e estão fazendo esforços para não deixar faltar as coisas para os consumidores.
Isso é uma coisa.
A outra é a esperteza que se verifica em estabelecimentos comerciais importantes da capital e interior.
Um exagerado e criminoso aumento de preços de produtos básicos e fundamentais para a população.
Não se justificam esses aumentos de preços no Estado.
Estão se aproveitando da situação.
Nem levam em conta as dificuldades dos consumidores, que vivem de salários e estes não sobem diariamente, como se sabe.
Nem os produtos que estão sendo importados do Peru estão sendo vendidos mais baratos.
Porque os preços no país vizinhos são muito mais em conta do que os praticados no Brasil.
Há casos de aumentos de mais de 100% em supermercados.
O povo já começa a dizer que esses preços nunca mais voltam ao que eram.
Não voltam mesmo.
A corda só arrebenta do lado mais fraco.
Dos consumidores.
É a lógica perversa dos capitalistas.
Dos aprendizes de capitalistas acreanos.
Nunca estão satisfeitos com o que ganham.
Ganham muito, mas querem mais.
Querem tudo.
Mesmo sendo beneficiados com ações de governo, com empréstimos subsidiados com juros menores.
Nem assim a sanha por lucrar mais – e sempre- diminui.
E a população que se vire.
E não me venha o Procon falar em ‘orientação’ ao consumidor.
Porque ninguém acredita nisso.
Saiu no G1 (estatua viva)
O artista de rua que faz sucesso no centro de Rio Branco
Ele é Robson Dutra, de 26 anos.
De Rondônia.
27 mil alevinos
De Pirarucu.
Prontos para comercializar.
Na Peixes da Amazônia.
O secretário Edvaldo (Sedens) levou su hijo Pablo para conhecer.
Tá com dúvida?
Compare os governos do PT e PSDB (foto)
Lula/Dilma com FHC.
Gabo (vídeo)
Gabriel García Márquez resumiu bem o pensamento da Europa/EUA sobre a América Latina.
Depois do Pré-Sal, a IV Frota
Publico artigo do deputado Dr. Rosinha, PT do Paraná, que saiu no Vermelho
[Somente num país em que parte das lideranças políticas e da imprensa tem vergonha de declarar seus compromissos com os Estados Unidos se faz o que é feito em relação à Petrobras, diz deputado petista. Ele suspeita que interesses norte-americanos estão por trás das denúncias contra a estatal brasileira]
Serviçais dos Estados Unidos
Por Dr. Rosinha*
Alguns podem achar que estou paranóico, mas tenho toda a fundamentação para levantar a seguinte suspeita.
Durante muitos anos, os golpistas negaram a participação dos Estados Unidos na construção do golpe militar dos dias 31 de março e 1º de abril de 1964. Hoje, 50 anos depois, está mais do que comprovado que os EUA patrocinaram, trabalharam e construíram o golpe. E todas as vezes em que se sentiram e se sentem ameaçados, interviram e interveem política e militarmente, não importando em que parte do mundo.
Fatos recentes têm comprovado a participação dos EUA. Seja em territórios distantes, como a invasão militar do Afeganistão e do Iraque, ou aqui do nosso lado, como o golpe dado no Paraguai.
Há dois fatos recentes de intervenção americana aqui na vizinhança, na América Latina. Um, o já citado acima, o golpe no Paraguai para derrubar o presidente democraticamente eleito, Fernando Lugo. E o golpe engendrado contra Zelaya e a democracia em Honduras. Não seria um teste para ver a reação dos países sul-americanos? Ambos, segundo os EUA e a direita da América Latina, obedecendo à Constituição daqueles países. Em ambos não foi essa a leitura dos presidentes, democraticamente eleitos e que constituem a Unasul.
Na atual conjuntura, estamos assistindo aos EUA patrocinarem mais um golpe, desta vez na Ucrânia, onde apoiam forças neonazistas. Também assistimos a mais uma tentativa de desestabilização na Venezuela. Em ambos os casos, há comprovação da participação norte-americana.
E qual é a paranoia?
Há no Brasil uma articulação da mídia, com o apoio dos partidos de direita, para desestabilizar o governo Dilma. E, para isso, vale toda e qualquer mentira ou desinformação: a inflação incontrolável, o desequilíbrio da balança de pagamentos, o apagão, a corrupção, etc. No momento, a bola da vez é a Petrobras.
Todos sabem que sou contra a corrupção, seja no serviço público ou nas empresas privadas e estatais. Toda denúncia de corrupção tem de ser apurada, e no Brasil temos meios para isso. O meio menos apropriado é uma CPI, seja ela mista (Câmara e Senado) ou não. Sei o que falo. CPIs são o caminho mais curto para expor pessoas não comprovadamente criminosas e preservar os comprovadamente suspeitos ou criminosos. Não é exagero: o que deu a CPI que investigou o Cachoeira?
Somente num país em que parte das lideranças políticas e da imprensa tem vergonha de declarar seus compromissos com os EUA se faz o que é feito em relação à Petrobras.
Alguém se lembra de ver a imprensa americana, partidos políticos ou parte da sociedade dos Estados Unidos trabalhando contra a Chevron? Ou mesmo na Grã Bretanha, trabalhando contra a British Petroleum ou os holandeses se opondo a Shell? Não, ninguém lembra. Será que essas empresas não cometem nenhum crime de corrupção? Não cometem nenhum crime ambiental?
No início do mês de abril, a Chevron recebeu a autorização para retomar a produção no campo de Frade. Foi noticiado que a ANP autorizou a companhia norte-americana a retomar a produção de petróleo. A empresa estava suspensa após ser responsabilizada por dois vazamentos: o primeiro em novembro de 2011 e o segundo em março de 2012.
Não me lembro de a imprensa brasileira e a oposição pedirem com veemência uma CPI para apurar e responsabilizar a Chevron por esse crime ambiental. Nunca vi a imprensa e o parlamento norte-americano cobrando responsabilidades da Chevron.
E o crime da Bristish Petroleum no Golfo do México?
O que existe em comum entre o Afeganistão, o Iraque, a Venezuela e o Brasil é a quantidade enorme de reservas de petróleo. Os EUA não toleram que isso fique fora de seu controle ou do controle de uma de suas empresas de petróleo.
Os EUA ativaram em julho de 2008 a IV Frota, justamente quando as maiores descobertas do pré-sal foram anunciadas. Não é de se perguntar o porquê de uma enorme força naval que estava desativada desde 1950 ser colocada em ação?
Acho que não é paranoia.
Dr: Rosinha: *É médico e deputado federal pelo PT do Paraná.
Por hoje, FIM