Vou começar a coluna desta terça com uma rápida entrevista [EBC] em vídeo do ministro da Secretaria Geral de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri, que disse na segunda-feira que o brasileiro médio teve um crescimento de 6,9% na sua renda, nos últimos 12 meses, o que reflete o crescimento observado no mercado de trabalho do país.
Na avaliação do ministro, os dados revelam que as pessoas de classes sociais menos favorecidas estão tendo um crescimento maior.
-Em suma o Brasil está ficando mais próspero e mais igual, menos desigual, então estas são as duas tendências mais fortes, a tendência a prosperidade, apesar de alguma desaceleração econômica….
Assista… vídeo (só 2 minutos)
Depois ponho mais algumas linhas.
Ou seja, com todos os problemas na economia capitalista mundial e algumas medidas tomadas pelo governo que discordo, não dá para comparar com o governo do PSDB de Fernando Henrique.
O governo atual tem um compromisso com o ganho real dos salários (ao contrário dos tucanos que querem arrocho, a começar pelo Salário Mínimo menor).
Esse é um dos debates que a sociedade acreana e brasileira vai ter que priorizar.
Comparar os programas do PT e do PSDB e ver o que é melhor para o país.
PT: valorização do Salário Mínimo
PSDB: Salário arrochado, como disse Armínio Fraga, que conta com vitória de Aécio para ser ministro da Fazenda.
PT: Bolsa Familia – continuação dos programas de transferência de renda para acabar com pobreza extrema do Brasil.
PSDB: criticou o aumento que Dilma deu de 10% para as famílias que recebem o Bolsa Família.
PT: Manutenção e fortalecimento das empresas estatais como Petrobras, BB, e Pré-Sal para educação e saúde.
PSDB: Contra o regime de partilha adotado pelo governo porque quer entregar tudo às empresas estrangeiras.
É sobre assuntos desse tipo que a população vai ter que decidir em outubro.
Dia 10, em Cruzeiro
Será inaugurada a fábrica de biscoito de goma da região.
Uma cooperativa.
Como diz o secretário de Indústria do Acre, Edvaldo Magalhães, uma construção ‘de várias mãos.’
UJS vai ao governo
O governador Tião Viana recebeu o presidente da União da Juventude Socialista em seu gabinete na segunda-feira.
Phantio foi contar as últimas da UJS no Estado.
A entidade está fazendo um movimento de ponta-a-ponta no Estado levando a juventude discutir os problemas e as possíveis soluções para o Acre avançar.
O governador gostou.
E disse que a UJS pode contar com a ajuda dele para organizar os futuros encontros do jovens que querem ver o Acre andar para frente.
Porque, claro, ninguém quer voltar ao passado.
Se não erguemos a cabeça, para que a política?
Autor: Fernando Brito, no Tijolaço
Os últimos dias, afinal, têm sinalizado algo que, nos últimos meses, parecia perdido.
Porque o sentido de mudança foi transformado, pela imprensa deste país, num regressismo que não resiste a um sopro.
Então mudar o Brasil, retomar o desenvolvimento, combater a corrupção, tornar eficiente a máquina pública, reduzir a inflação e valorizar o salário é algo que a direita brasileira possa acenar ao nosso povo?
Eles, que nos deram a recessão dos anos 90, a liquidação do patrimônio público (vendido em condições obscuras), que entregaram o país com inflação de dois dígitos, que acham “alto demais” o salário-mínimo?
Mas, por paradoxal que pareça, começamos a aceitar o discurso da mídia de que “aqueles eram os bons tempos” e que o governo Dilma não iria “colocar em risco as conquistas do Plano Real”.
Aceitar o discurso do adversário é o primeiro passo para ser derrotado por ele.
Desde as manifestações de junho, embora Dilma tivesse ensaiado – e executado, nos campo de quatro dos “cinco pactos” que propôs na ocasião – uma reação, deixou-se de lado o combate político.
E quando se deixa o embate político perde-se um pouco a cada dia de nossa identidade.
Embora seja necessário – e demolidor – mostrar os números comparativos, é preciso agregar a isso um sentimento – plenamente presente em 2010 – de que este país tem futuro e que este futuro só não é presente exatamente porque o passado foi como foi.
A memória que o tempo atenua, o discurso político precisa reacender, para que o fluxo de informações entre as gerações fundamente o julgamento do presente.
E isso tem um imenso poder, tanto que se nota, agora, que Eduardo Campos começa a fazer ressalvas em sua identidade com Aécio Neves, porque percebeu que a velha direita estará toda unida em torno dele, a começar por FHC e um já não tão constrangido José Serra.
A eleição de 2014 não é um “passeio”, como se acreditou.
Nem é um desastre, como a mídia não cansa de apregoar.
Aécio não tem, a esta altura, o que Serra tinha.
Campos não tem- e nada indica que terá – aquilo que Marina Silva atingiu.
O problema do campo progressista é o de não ter, de novo, o que tinha.
Em parte, certamente, por parecer diferente do que foi, por não proclamar diariamente o que é.
Acaba-se, assim, negligenciando-se nosso próprio significado.
Nada deixa mais a direita irritada que Lula e Dilma romperem o seu monopólio de informação e falarem fora da pauta que a mídia lhes impõe.
É na batalha da comunicação que se perde ou ganha esta guerra por corações e mentes.
E é nela que o Governo Dilma – até agora – vinha tendo o seu pior desempenho. Não apenas por ser ruim, mas por achar que o ruim era o bom, com o abandono da polêmica pública.
O desafio de Dilma não é o de ganhar votos, mas o de recuperar seu significado.
Karl Marx
Ontem, se fosse vivo, faria aniversário.
Sua constatação mais importante, pra mim:
Até hoje os filósofos se limitaram a só compreender o mundo…quando o fundamental é transformá-lo.
Por hoje, FIM