Antes, dois colchetes…
[…Feliz Dias das Mães!
Todas!
E a minha também!…]
Tudo no Acre sempre é mais difícil.
Por isso, quando assistimos o surgimento de uma empresa, no caso aqui, uma cooperativa de mulheres produtoras de biscoitos – aí a alegria dobra, triplica.
Quadriplica!
O sábado foi de festa na Vila Assis Brasil, em Cruzeiro do Sul.
Não podia ter sido diferente.
Com a presença do governador Tião Viana, do secretário Edvaldo (indústria), de empresários e políticos foi entregue a primeira cooperativa de Biscoito do Juruá.
Que já nasce importante.
Com capacidade de produção de até 50 toneladas ao mês, mas vai começar com os pés no chão produzindo 10 toneladas.
Como foi feito esse empreendimento?
Um belo dia o governador Tião Viana foi entregar uma vias pavimentadas do Ruas do Povo na comunidade e as mulheres o abordaram.
-Nós pedimos uma coisa simples, parecido com o que tínhamos no fundo do nosso quintal. Pedimos um bolo e ganhamos a festa inteira – declarou à agência do governo a cooperada Michele Araújo.
Muitas vezes o governante não sabe a realidade de uma comunidade nem do que são capazes de fazer. E nesse dia o governador Tião Viana foi abordado de forma incisiva pelas mulheres que viviam a vida produzindo seus biscoitos para sobreviver.
Como diz o próprio governador, é preciso ter humildade para ouvir as pessoas do povo.
– O governo teve humildade de ouvir as pessoas. As mulheres da Vila Assis Brasil disseram: ‘Nós somos capazes. Nos dê oportunidade’ – contou o governador.
Mais do que oportunidade foi feita uma parceria.
Que ontem atingiu seu ponto mais importante, que foi a entrega da fábrica de biscoito Vovó Didi.
Uma realização que enche de orgulho o governo, a secretaria responsável (Sedens) e o povo simples que quer apenas ter o direito de trabalhar com dignidade.
A fábrica, como reconheceu a vigilância sanitária, tem o melhor sistema de higienização do Estado, o que demonstra que o projeto é pra valer e deve num curto espaço de tempo ocupar parte do mercado acreano do gênero.
O empreendimento chamou atenção da rede Araújo, a maior do Acre.
O Ceo do grupo, Adem Araújo, participou da inauguração, o que aponta para possíveis parcerias na venda do biscoito do Juruá nas diversas lojas do supermercado.
O Estado do Acre ganhou no atual governo um novo impulso no setor produtivo, que é a menina dos olhos do governador Tião Viana.
Não é à toa que o setor tem ganhado destaque nos últimos quatro anos e a tendência é aumentar o nível de negócios no Acre.
Em praticamente todos os setores produtivos há incentivos e apoio do Estado no tocante a projetos, financiamentos e ajuda na execução.
É o Acre mostrando a sua cara na produção.
Uma indústria, uma cooperativa dessas criadas no Juruá, é uma grande vitória para economia do Estado, de Cruzeiro e daquela comunidade.
Mais de 2 milhões em investimentos.
São pessoas que estão apostando na sua capacidade empreendedora.
E que foram e estão sendo amparadas pelo braço do Estado, que é para isso que serve mesmo um Estado.
Um Estado de bem social.
Para possibilitar, viabilizar os cidadãos a caminhar com suas próprias pernas.
O exemplo da Fábrica de Biscoito de Cruzeiro do Sul, não pelo tamanho, mas pelo simbolismo, é um gol importante marcado pela administração Tião Viana no tocante ao incentivo à produção.
Por isso, todo sucesso econômico à Fábrica de Biscoito de Goma Vovó Didi.
Os dois maiores
Marcelo Moura (Recol) e Adem (Araújo) podem ser considerados os dois maiores capitalistas do Acre da atualidade.
Pelo menos estão entre os cinco maiores.
Eles foram a Cruzeiro prestigiar a entrega pelo governo da Fábrica de Biscoito Vovó Didi às 32 cooperadas.
Um sinal de que o negócio chamou à atenção e tem futuro pela frente.
Brasil atinge menor nível de desigualdade desde 1960
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a redução da desigualdade foi fundamental para este resultado na pobreza.
Na última década a renda dos 50% mais pobres do Brasil cresceu 68%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu apenas 10%.
Última década (Lula e Dilma).
País teve forte avanço durante 2011, mas ainda assim permanece entre as 12 nações mais desiguais do mundo.
Resultado de 500 anos de concentração de renda.
A mídia já decidiu quem vai apoiar
Já está apoiando o candidato do PSDB, Aécio Neves.
A mídia monopolista e os empresários também.
Ou seja, essa união não interessa à maioria do povo brasileiro.
Por razões óbvias.
Saúde ao Homi!
Não concordo com quase nada do que diz e pensa o empresário Narciso Mendes (mais conhecido na política como o Senhor X).
Porém, desejo toda sorte a ele e que recupere sua saúde o mais breve possível.
O mundo se encontra no Brasil
Autor: Luiz Inácio Lula da Silva
Quando era presidente da República, trabalhei intensamente para que a Copa do Mundo de 2014 fosse realizada no Brasil. E não o fiz por razões econômicas ou políticas, mas pelo que o futebol representa para todos os povos e, particularmente, para o povo brasileiro.
nossa população apoiou com entusiasmo a ideia, rejeitando o preconceito elitista dos que dizem que um evento desse porte “é coisa de país rico”, e se esquecem de que o Uruguai, o Chile, o México, a Argentina, a África do Sul e o próprio Brasil já o sediaram com sucesso.
O futebol é o único esporte realmente universal, praticado e amado em todos os países, por pessoas das mais diferentes classes, etnias, culturas e religiões.
E talvez nenhum outro país do mundo tenha a sua identidade tão ligada ao futebol quanto o Brasil. Ele não foi apenas assimilado, mas, de alguma forma, também transfigurado pela ginga e pela mistura de raças brasileiras. Nos pés de descendentes de africanos ganhou um novo ritmo, beleza e arte. Durante muitos anos, foi um dos poucos espaços, junto com a música popular, em que os negros podiam mostrar o seu talento, enfrentando com alegria libertária a discriminação racial. Não é por outra razão que o futebol e a música são muitas vezes a primeira coisa que um estrangeiro lembra quando se fala do Brasil.
Para nós, o futebol é mais do que um esporte, é uma paixão nacional, que vai muito além dos clubes profissionais. Milhões de pessoas o praticam, amadoristicamente, no seu dia a dia, nos quintais, nos terrenos baldios, nas praias, nos parques, nas praças públicas, nas ruas da periferia, nos pátios das escolas e das fábricas. Onde houver uma área disponível, por menor que seja, ali se improvisa uma partida de futebol. Se não tem bola de couro, joga-se com bola de plástico, de borracha ou de pano. Em último caso, até com uma latinha vazia.
Em 1958, na Suécia, uma seleção espetacular encantou o planeta, ganhando nosso primeiro título mundial. Eu tinha doze anos, e juntei um grupo de amigos para ouvirmos a partida final num campinho de várzea com um pequeno rádio de pilha. Nossa fantasia compensava com sobras a falta de imagens, viajando na voz do locutor. Ela nos transportava como num tapete mágico para dentro do Estádio Rasunda de Estocolmo. E ali não éramos apenas espectadores, mas jogávamos… Eu sonhava em ser jogador de futebol, não presidente do Brasil.
O grande escritor Nelson Rodrigues, nosso maior dramaturgos, disse que com aquela vitória conquistada por gênios da bola como Pelé, Garrincha e Didi o Brasil tinha superado o seu “complexo de vira-lata”. E que complexo seria esse? “É a inferioridade – dizia ele – em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do mundo”. Atrevendo-se a ser campeão, era como se o Brasil estivesse dizendo a si mesmo e aos demais países: “Sim, nós podemos ser tão bons quanto qualquer um”.
Naquela época, o Brasil estava começando a se industrializar, tinha criado a sua própria empresa de petróleo e o seu banco de desenvolvimento, as classes populares reivindicavam democraticamente melhores condições de vida e maior participação nas decisões do país – mas os setores privilegiados diziam que isso era um erro gravíssimo, fruto de “politicagem” ou “esquerdismo”, já que comprovadamente não existia petróleo em nosso território e não tínhamos necessidade alguma de inclusão social e muito menos de uma indústria nacional…
Alguns chegavam a afirmar que uma nação como a nossa, atrasada, mestiça – de povo “ignorante e preguiçoso”, segundo um estereótipo muito difundido dentro e fora do país – devia conformar-se com o seu destino subalterno, sem ficar alimentando sonhos irrealizáveis de progresso econômico e justiça social.
Na verdade, não é fácil superar o “complexo de vira-lata”. Fomos colônia por mais de 320 anos, e a pior herança dessa condição é a persistência da mentalidade colonizada de servidão voluntária…
Entre 1958 e 2010, ganhamos cinco campeonatos mundiais de futebol. Somos até agora a nação com maior número de títulos conquistados. Mas o melhor de tudo é que o saudável atrevimento do povo brasileiro não se limitou ao âmbito esportivo.
O Brasil que o mundo vai conhecer a partir de 12 de junho é um país muito diferente daquele que sediou a Copa de 1950, quando perdeu na final para o Uruguai. Ainda tem problemas e desafios, alguns bastante complexos, como qualquer outra nação, mas já não é mais o eterno “país do futuro”. O país de hoje é mais próspero e equitativo do que era há seis décadas. Entre outras razões porque a nossa gente – principalmente a que vive no “andar de baixo” da sociedade” – libertou-se dos preconceitos elitistas e colonialistas e passou a acreditar em si mesma e nas possibilidades do país. Descobriu que, além de vencer competições mundiais de futebol, podia também vencer a fome, a pobreza, o atraso produtivo e a desigualdade social. Que a mestiçagem, longe de ser um obstáculo – pior: um estigma – é uma das maiores riquezas do nosso país.
É esse novo Brasil que vai sediar a Copa. Um país que já é a sétima economia do planeta e que, em pouco mais de dez anos, tirou 36 milhões de pessoas da miséria e levou 42 milhões para a classe média. É o país com as taxas de desemprego mais baixas da sua história. Que, segundo a OCDE, entre todos os países do mundo, foi um dos que mais aumentou nos últimos anos o investimento em educação. Um país que se orgulha de todas essas conquistas, mas não esconde os seus problemas, e se empenha em resolvê-los.
Recentemente, a Copa do Mundo tornou-se objeto de feroz luta política e eleitoral no Brasil. Á medida que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais. As críticas, naturalmente, são parte da vida democrática. Quando feitas com honestidade, ajudam a aperfeiçoar a preparação do país para esse grande acontecimento esportivo. Mas determinados setores parecem desejar o fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais. E não hesitam em disseminar informações falsas que às vezes são reproduzidas pela própria imprensa internacional sem o cuidado de checar a sua veracidade. O país, no entanto, está preparado, dentro e fora de campo, para realizar uma boa Copa do Mundo – e vai fazê-lo.
A nossa seleção foi a única a participar de as 19 edições da Copa do Mundo e sempre fomos muito bem recebidos nos outros países. Chegou a hora de retribuir com hospitalidade e alegria tipicamente brasileiras. A procura de bilhetes tem sido forte, com pedidos de mais de 200 países. Esta é uma oportunidade extraordinária para milhares de visitantes conhecerem mais profundamente o que o Brasil tem de melhor: o seu povo.
A importância da Copa do Mundo não é apenas econômica ou comercial. Na verdade, o mundo vai se encontrar no Brasil a convite do futebol. Vai demonstrar novamente que a ideia de uma comunidade internacional pacifica e fraterna não é uma utopia.
(Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil, que agora trabalha em iniciativas globais com Instituto Lula e pode ser seguido em facebook.com/lula).
Fonte: Instituto Lula
Vídeo – O PIG queria a Copa só em SP
Aí o presidente Lula disse, não!
‘Vamos espalhar a Copa pelo Brasil’
Por hoje, FIM
Feliz dia das Mães!