Ela tem DNA democrata.
E foi a escolhida para ser a futura candidata a vice-governadora na chapa com Tião Viana, nas eleições de outubro.
No sábado Nazaré foi ao Principado de Sena Madureira.
Encontrou as dependências do restaurante Aquarela lotado de mulheres e homens, que querem dar prosseguimento às mudanças que o Acre experimenta faz algum tempo.
Durante almoço conversou com este repórter por telefone.
Estava empolgada com a receptividade da Frente Popular do município.
-Olá, vice-governadora…
-Olá, é um prazer você me chamar de vice…
-E não é?
-Você está sinalizando e fico muito contente com isso.
-Como foi o encontro com a militância em Sena?
-Muito bom… Surpreendente!
-Foi bom mesmo?
-Todos que estiveram aqui no nosso encontro estavam motivados porque sabem a importância dessa cidade no processo que vamos enfrentar.
-A senhora acha que a Frente Popular, os seus partidos em Sena – vão estar unidos para a batalha de outubro?
-Não tenha dúvida. Vi hoje aqui em Sena que a Frente Popular é muito forte e as pessoas estão entendendo este momento e querem preservar e ampliar nossas conquistas.
-Vice-governadora, a senhora sabe que sou daí e meu interesse é que esse município melhore como cidade?
-Eu sei. Sena Madureira tem uma história no Estado que precisa ser valorizada. Tenho certeza que essa cidade continuará tendo papel destacado no Estado.
-A senhora tá contente mesmo com o que viu aí, na Frente Popular do município?
-Claro. Estão todos unidos e querendo mostrar a força da nossa aliança. Eu estou muito contente em ter vindo a Sena e ter participado deste encontro.
-A senhora tem visto a coluna?
-Tenho. E nem dá para esquecer, pois a Perpétua avisa pelo nosso grupo no Waltssapp.
-Obrigado e boa sorte, vice.
-Precisamos conversar mais sobre as coisas do Acre e sobre Sena Madureira.
-Com certeza. Obrigado.
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Em tempo: na cidade de Sena Madureira o comércio do voto durante as eleições é uma das grandes chagas na política. No seu discurso, Nazaré Araújo deu um recado pela ética:
‘O voto tem que ter valor e não preço’
August Acre!
Ele é menor de idade e tem 16 anos.
Seu nome?
JalensVolf August
País: Haiti
Família?
Separada e em vários países.
Chegou no Acre há mais de ano.
Foi ficando porque não tinha como sair.
A imigração descobriu que era menor e o seu passaporte foi apreendido.
O que fazer?
Esperar…
Por ajuda de quem se sensibilizasse.
O senador Jorge Viana tomou conhecimento do caso.
Correu atrás das ajudas.
Na embaixada da França.
Que lhe concedeu guarida (visto) para entrar em território francês.
Depois de muita luta.
Porque é assim mesmo.
Nem todos os países são como o Brasil (o Acre, em especial).
Que recebe os filhos do abandono do mundo com carinho e humanidade.
Por isso o Acre é August.
Sublime Acre!
Mais famílias chegam à Cidade do Povo
Não vai parar.
Serão 10 mil ao todo!
Como?
–Eu Perpetuei!
Brasil dos últimos 11 anos
[publicada na Caf]
Muda Mais, Brasil!
Alegria na Copa!
Economist: hegemonia da Globo não tem comparação no mundo!
Globo domination
Miguel do Rosário – tijolaço
Essa matéria do Economist faz algumas comparações arrepiantes entre o tamanho da Globo no Brasil e o tamanho das principais TVs norte-americanas.
Arrepiante por duas razões: 1) eu, que escrevo há anos sobre mídia, nunca tive acesso a essa informação; 2) agora temos noção melhor do papel nocivo da Globo na democracia brasileira.
A parte da reportagem que mais me interessou, como eu disse acima, foi a comparação entre Brasil e EUA, feita nos dois primeiros parágrafos. Eu mesmo traduzo:
Quando a Copa do Mundo começar no dia 12 de junho, dezenas de milhões de brasileiros irão assistir às festas na TV Globo, o principal canal aberto da televisão do país. Mas para a Globo será apenas mais um dia de grande audiência. Não menos que 91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, passa pelo canal durante o dia: o tipo de audiência que, nos EUA, acontece apenas uma vez ao ano, e apenas para o canal que ganha o direito, naquele ano, de exibir o Super Bowl, o jogo dos campeões do futebol americano.
A Globo é certamente a empresa mais poderosa do Brasil, dado o seu alcance em tantos lares. O seu concorrente mais próximo, a Record, tem uma audiência de apenas 13%. O canal de TV mais popular dos Estados Unidos, a CBS, tem apenas 12% da audiência durante o horário nobre, e seus principais concorrentes oscilam em torno de 8%.
(…)
Em outro trecho da matéria, comenta-se o poder da Globo de moldar comportamentos no Brasil. “Seus programas também moldam a cultura nacional”. Não é assustador que esse poder fique concentrado em mãos de uma só empresa, de uma empresa que, por sua vez, consolidou-se na ditadura e que uma postura fortemente partidária e ideologizada?
A revista comenta que, em outros países latino-americanos, como na Argentina e no México, os governos estão combatendo o excesso de poder da mídia, mas o “governo brasileiro é mais dócil em relação aos proprietários de mídia”.
Repare que a Economist não faz qualquer reparo “antibolivariano”, tanto que ela toma o cuidado de citar um governo de esquerda (Argentina) e um de direita (México).
E aí, Dilma, agora entende porque precisamos de uma lei para dar fim a esse monopólio? A hegemonia da Globo já está causando estranheza internacional!
O mundo está olhando mais para nosso país e uma das coisas que o tem surpreendido negativamente é a concentração midiática, que é uma faceta de nosso atraso cultural e político.
Afinal, queremos ou não ser um país democrático?
Por hoje, FIM