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Dylan Stillwood, que operou o maxilar em um hospital público do Sistema Único de Saúde, afirmou que a mesma cirurgia o levaria à falência se fosse realizada nos Estados Unidos
O programador de computadores americano Dylan Stillwood, de 34 anos, mora no Brasil há quatro anos e, em junho de 2012, precisou ser submetido a uma cirurgia no maxilar em um hospital do Serviço Único de Saúde (SUS). Na ocasião, ele visitava o município de Caruaru, em Pernambuco, para conhecer os tradicionais festejos juninos da região.
“Eu precisei operar meu maxilar, e passei oito dias no hospital. Foi o meu maior encontro com o SUS. Eu fiquei muito impressionado com o fato de que o Brasil tem saúde pública de graça, que é uma coisa que não existe nos Estados Unidos. E o fato de que essa garantia é um direito constitucional, considerada dever do Estado, e um direito do cidadão”, contou Dylan em entrevista exclusiva ao Portal Planalto.
Dylan procurou o Hospital Regional do Agreste e foi prontamente atendido e hospitalizado. Recebeu medicação e, posteriormente, foi operado. “Após sair do hospital, ainda fiquei mais uma semana na cidade para esperar uma consulta final e a liberação do médico”, lembra.
Este mês, Dylan leu um artigo dos pesquisadores James Macinko e Matthew Harris, publicado no The New England Journal of Medicine, uma das mais importantes publicações científicas em todo o mundo na área de medicina, sobre a atenção básica no Brasil e a Estratégia de Saúde da Família. Macinko e Harris, ambos professores de universidades americanas, viveram no Brasil e trabalharam no SUS. Segundo eles, o Saúde da Família é um “poderoso modelo de provimento de cuidados de saúde”.
Dylan leu o texto na página do Facebook do veículo americano e contou a experiência que viveu ao ser atendido no SUS. Na ocasião, ele escreveu na rede social: “Os brasileiros devem exigir sempre melhores condições de saúde pública, mas também devem se sentir extremamente orgulhosos do SUS, uma conquista enorme que poucos países no mundo alcançaram”.