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O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), criticou ontem (30) o jornal O Globo por tentar criminalizar o trabalho que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez em dois mandatos em defesa do aumento das exportações de bens e serviços de empresas brasileiras no mercado externo. “É lamentável o papel a que se presta o jornal, que atua como instrumento político e ideológico para tentar interditar eventual candidatura de Lula à Presidência da República em 2018”, disse o líder.
Sibá lembrou que desde que assumiu o primeiro mandato, em 2003, Lula colocou-se como “caixeiro-viajante” do Brasil para aumentar a presença de empresas do País no mercado externo. “Essa postura, adotada por outros governantes, tanto do Brasil como de outros países, é o que se espera de um chefe de Estado”, afirmou Sibá.
O resultado foi palpável: a diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços, que passaram de US$ 50 bilhões para quase US$ 200 bilhões, e isso resultou na criação de milhões de novos empregos no Brasil, acrescentou Sibá. Em seus dois mandados, o ex-presidente chefiou 84 delegações de empresários brasileiros em viagens por todos os continentes.
Ignorância – O líder petista criticou também a Polícia Federal por ter feito o vazamento de informações sobre investigações no âmbito da Lava-Jato, com o conteúdo de e-mails trocados entre autoridades do governo e dirigentes de empresas. “A PF, bem como a imprensa brasileira, precisa informar-se sobre práticas legítimas de Estado antes de vazar informações com intuito também político e ideológico”, criticou Sibá.
O parlamentar lembrou que mandatários de outros países, como Estados Unidos, Alemanha, França e Inglaterra, atuam na defesa de suas empresas. “Portanto, o que Lula fez, bem como seus antecessores, não foi ilegítimo nem ilegal. Pelo contrário, estava em sintonia com os interesses nacionais”, defendeu.
O líder citou nota do Instituto Lula na qual há críticas à mídia: “Só uma imprensa cega de preconceito e partidarismo poderia tentar criminalizar um ex-presidente por ter trabalhado por seu país e seu povo”, diz o texto.
O deputado observou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez gestões em favor das Organizações Globo. Ou lobby, como diria o jornal O Globo. Em abril de 1998, conforme matéria da Folha de S. Paulo, Fernando Henrique foi à Espanha, com intuito de explorar um novo nicho na diplomacia de negócios: unir as indústrias cinematográficas dos dois países. Coincidentemente, um mês antes, em março de 1998, foi inaugurada a Globo Filmes, novo braço das Organizações Globo na área de audiovisual.
“Foi apenas uma coincidência a ida de FHC à Espanha um mês depois da criação da Globo Filmes? Se foi ou não, não vem ao caso, pois é legitimo qualquer presidente defender a expansão de atividades de empresas do País no mercado externo. O que não é tolerável é a hipocrisia da mídia, com a tentativa de se criminalizar Lula e PT”, comentou o petista.
Para Sibá, seria criminoso fazer o inverso, defender o interesse de empresas estrangeiras. “Aliás, o senador José Serra (PSDB-SP) defende multinacionais do petróleo (quer mudar as regras de exploração do pré-sal para favorecê-las) e é tratado como herói por parte da mídia. Isso, sim, é errado. E mostra que setores da mídia não estão preocupados nem com a verdade e tampouco com os interesses nacionais”, concluiu o líder.