Desembargador Arquilau, ainda bem que o senhor não é deputado!

 

J R Braña B.

 

O desembargador aposentado Arquilau de Castro Melo meteu o bedelho no assunto do Golpe.

O AC deu destaque.

E, com todo respeito que lhe tenho, parece que o magistrado acreano não aprofundou na análise do pedido do impeachment da presidenta Dilma.

São dois os motivos apenas que fazem parte do pedido de impedimento: seis decretos de créditos suplementares e as tais pedaladas fiscais, denominação que não explica nada.

Fato: a presidenta Dilma não cometeu nenhuma dessas duas acusações (assista aqui a defesa do ministro da AGU, José Eduardo Cardozo)

O juízo que está se fazendo de Dilma é apenas político.

E impeachment, como brilhantemente defendeu o AGU na Câmara, deve ser jurídico-político e não o inverso.

Ninguém pode tirar uma presidente porque não gosta do seu governo.

É preciso crime!

Arquilau fala de ‘corrupção desenfreada‘ de Dilma.

Qual corrupção?

Corrupção são os escândalos da Lava Jato (onde estão atolados Temer e Cunha, que querem presidir o Brasil)

Outra declaração estranha do desembargador: ‘Dilma está sendo julgada pelo desastre que ela é na política‘.

Onde está o crime?

Achar que ela é um ‘desastre na política‘ é apenas uma opinião e por isso uma presidenta não pode ser arrancada do poder.

Arquilau diz que a presidenta está sendo julgada ‘por incompetência’.

Incompetência também não é crime de responsabilidade, muito menos critério para processo de impeachment.

‘Incompetência’ nem crime é, desembargador!

No máximo falta de habilidade para desempenhar uma tarefa ou função.

Mas isso não é crime também.

Não consta no pedido de impeachment o item ‘incompetência’.

Na mesma matéria do AC, que ouve ainda outras pessoas, algumas aberrações foram ditas, mas vou ficar somente na opinião do desembargador, que conheci como um homem de esquerda e que sabe que a direita e sua mídia estão tentando manipular a opinião pública com essa lorota de pedaladas fiscais.

Se pedalada fiscal fosse crime, o governador de São Paulo e mais 15 colegas seus teriam que ser impedidos de continuar no cargo.

Desembargador Arquilau: não tem outro nome para o que estão fazendo com a presidenta que não seja uma violência à Constituição.

Violência contra uma mulher que obteve mais de 54 milhões de votos nas urnas.

Ainda bem que o senhor não se candidatou para deputado federal.

Pois poderia ter sido eleito e hoje eu seria obrigado a inclui-lo na lista dos Golpistas do Brasil.

Arquilau Melo

 

 

 

 

 

 

 

 

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