Fernando: Conteúdo nacional é isso…indo bucar petróleo…e isso eles querem acabar

Fernando Brito
Tijolaço

Partiu sábado de Angra do Reis, o navio-plataforma P-66 quase totalmente (casco, inclusive) construído no Brasil.

Vai tirar mais 150 mil barris de petróleo, todo dia, do Campo de Lula, na Bacia de Santos.

Tem 288 metros de comprimento e  54 metros de largura, um gigante que seria o primeiro de oito embarcações modulares (por isso chamadas de “replicantes”), montadas no Estaleiro Rio Grande (RS) e completadas, com estruturas de convés e sistemas de operação, em Angra dos Reis e no Espírito Santo.

Seria, porque não vai ser mais.

Serão apenas três, ela e as P-67 e P-68.

O resto foi cancelado.

O Estaleiro Rio Grande já mandou embora recentemente mais de 4 mil trabalhadores.

O Estaleiro Brasfels, em Angra, quase três mil.

Esta semana, Michel Temer bate o martelo para aniquilar a indústria naval brasileira, reduzindo drasticamente as exigências contratuais de conteúdo nacional nos equipamentos de extração de petróleo, como os navios-plataforma.

Olhe para este gigante e veja como só anões podem querer que o nosso país não os produza, sob o argumento de que demoram mais e ficam um pouco mais caros.

Claro, uma indústria que  foi aniquilada uma vez, começa com prazos maiores e custos mais altos e vai se adequando.

Mas gera emprego aqui, gera compras aqui, gera uma cadeia  de suprimentos aqui.

Este navio  é o conteúdo nacional, traduzido numa imagem que todo mundo entende.

Eles também, por isso querem destruir esta política.

Sair da versão mobile