Paulo Nogueira, do DCM:
Tivemos uma novidade ontem: Moro demonstrou não saber quanto é rejeitado por vastas porções de brasileiros que não se limitam a petistas.
Inspirado nisso, decidi montar uma lista de 10 pessoas especialmente detestadas entre progressistas de variadas procedências. Algumas sabem. Outras, como Moro, não. Se isso conforta Moro, uma coisa é certa: ele não está só.
1) Moro.
O primeiro é ele mesmo, pelo seu papel de justiceiro no comando da Lava Jato. Alguns, iludidos, imaginaram que Moro estivesse mesmo à frente de uma cruzada anticorrupção. Os fatos, porém, logo mostraram que a cruzada era mesmo contra o PT, em geral, e Lula, em particular.
2) Temer.
Conspirou, traiu, deu um golpe. No poder, notabilizou-se por carregar uma taxa baixíssima de popularidade, plenamente merecida. E por fugir, acoelhado, de todo contato com o povo, por medo de vaias. Não bastasse, tentou reintroduzir as mesóclises da linguagem dos brasileiros.
3) Cunha.
Bem, este dispensa explicações. Está condenado a ser xingado de ladrão até o último de seus dias.
4) FHC.
É outro caso parecido com o de Moro. Parece não se dar conta de quanto é abominado. Mas seu papel infame no golpe alçou-o à lista dos detestados.
5) Aécio
Consagrou-se como o pior perdedor da história da República ao jamais admitir a vitória de Dilma. Amigo dos donos da mídia, sempre foi preservado de noticiário embaraçoso. Citado amplamente nas delações, ainda consegue fazer discursos moralistas como se fosse uma referência ética nacional.
6) Serra.
Como Cunha, dispensa explicações.
7) Gilmar Mendes.
O jornalista americano Glenn Grenwald resumiu tudo: “Nunca vi um juiz como ele no mundo.” Gilmar subverteu o conceito de que um magistrado não se mete nas coisas da política.
8) Marta ex-Suplicy.
Nunca foi exatamente uma campeã de simpatia e de popularidade. Mas sua atuação no golpe elevou ao máximo a antipatia que as pessoas sentem de Marta. Foi uma golpista impenitente e convicta. Recebeu a justa recompensa nas eleições para a prefeitura de São Paulo.
9) Cristovam Buarque.
É outro que, como Moro, parece não ter noção de quanto é rejeitado. Ilude-se com a ideia de que apenas os petistas lhe fazem restrições por ter contribuído para o golpe.
10) Janaína Paschoal.
Quem esquece seus espetáculos delirantes em “defesa” da Constituição? E os 45 000 reais que o PSDB lhe pagou pelo parecer que deu origem ao golpe?