O blogueiro único do oestadoacre.com (que vai passar esta manhã num teco-teco voando pelos céus do Acre) deixa vocês, os melhores leitores – com esta simplificada entrevista de Dilma, publicada no Caf, de PHA. Nos encontraremos mais tarde, à noite…ou amanhã, quarta…ah…e não deixem de ouvir a rádioweb oestadoacre.…o dia e a noite no ar… – J R Braña B.
A Presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista à imprensa internacional nesta segunda-feira, 26/III, no Rio de Janeiro, na companhia do Chanceler Celso Amorim e do Senador Lindbergh Farias.
O Conversa Afiada reproduz (oestadoacre pega carona no Caf), de modo não literal, algumas das principais declarações:
– quero destacar mais uma vez a intervenção do Ministério Público Federal, que ameaçou reitor de uma universidade de afastamento de cargo caso recebesse a caravana de Lula
– em todos esses lugares são milícias armadas
– eu vi com meus olhos
– temos a tradição do controle social pela violência
– acredito que no Brasil estamos vivendo um momento muito difícil. Eu vivi um golpe. E não é um golpe militar como os outros países conheceram. É midiático, parlamentar, corporativo
– nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior
– a História vai mostrar
– nós tínhamos reduzido a desigualdade e vivíamos uma Democracia. Acredito que nós temos uma chance única, mas nós temos um bloqueio de mídia. O ex-Presidente Lula tem sido sistematicamente atacado
– como explicar que uma senadora defenda o chicote? Nós tememos pelo resto
– ela não tem vergonha de falar que alguém tem que ser recebido com relho?
– é a arma que a Casa Grande usava contra a senzala!
– onde estava o interventor federal no momento da morte de Marielle Franco? Onde estava o interventor no momento da morte de oito pessoas na Rocinha? E na morte de cinco jovens em Maricá?
– violência foi num crescendo e atingiu quatro moças e uma criança
– é possível aceitar que matem uma vereadora por opinão? Ainda mais sendo negra e combativa? Vim aqui denunciar o que pode acontecer na eleição: um banho de violência
– no Brasil, a exclusão e o privilégio nasceram juntos. Fomos o último país a abolir a escravidão
– nós temos a intervenção Federal de um lado (no Rio de Janeiro) e a omissão federal de outro (que deixa passar a violência contra a caravana de Lula no RS)
– a intervenção é um projeto político de eleição. Faz parte tentar ganhar pontos de apoio, que tem a ver com o fato de que Lula saia do processo eleitoral
– nos lugares mais violentos, como o México, fizeram uma intervenção, mataram mais de 100 mil pessoas e resolveram o problema? Não, aumentou!
– todo Golpe se radicaliza
– Bolsonaro surge porque temos uma herança que formou uma classe média que tem a ver com capataz, que acha absurdo que o povo acesse aeroporto, vire médico…
– a imprensa diz: estão negociando cargos. Mas não explica o sistema de estruturação dos partidos, ninguém questiona isso. Há um problema sério na governabilidade
– a milícia é típica do fascismo
– não vou ficar falando desse cineasta [Jose Padilha]. É fake news.
– Netflix não pode fazer campanha política
– e se faz no Brasil, fará em qualquer país
– não vou mais falar em público, para não dar força para ele
PS: e para fechar o post…assistam PHA…e os vários chicotes da Casa Grande no lombo de Lula e do povo .