*Kairo Araújo – Os ataques vexatórios perpetrados por terroristas bolsonaristas no último domingo em Brasília foram repugnantes e atrozes. Nada em absoluto justifica tais cenas dantescas de baixarias e destruição do patrimônio público, agora não resta duvidas que eles não passam de uma horda de fanáticos e lunáticos que resolveram viver em uma realidade paralela, para completar tem na figura dantesca do ex-presidente um ídolo.
Um ataque coordenado aos edifícios símbolos máximo da República e da democracia brasileira é uma ofensa intolerável, mas pensando bem, por mais que as cenas nos choquem, qual o efeito prático de tais atos, o que vai acontecer? Ficou muito claro que não foi um movimento autônomo, houve o financiamento de empresários, contribuição de algumas autoridades, de parte da polícia do Distrito Federal, participação do ex-presidente etc., mas o fato que nos interessa é que a democracia saiu ainda mais fortalecida.
Como os terroristas brasileiros, auspiciados por empresários e políticos da extrema-direita, atacaram as instituições em conjunto, acabaram por forjar uma resposta coordenada e uma união que em outra conjuntura seria improvável. As autoridades dos três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário se veem forçados a agirem coordenadamente, pois não se trata de preservar o presidente Lula ou seu governo de frente ampla democrática, mas sim de preservar a própria democracia e suas instituições.
Além do mais, embora tais atos sejam inauditos na história recente brasileira, o autoritarismo não é um bicho novo, surgiu há muito tempo na face da terra e teve consequências atrozes em países como a Itália de Mussolini (de 1922 a 1943) e a Alemanha de Adolf Hitler (de 1934 a 1945). Recentemente assombrou até mesmo a mais antiga e consolidada democracia do mundo, com o famoso episódio do Capitólio (EUA), após a derrota de Donald Trump.
Sabendo que eventos como esses têm origens ideológicas internacionais, as principais democracias do mundo apoiam o Brasil e acatam o resultado das urnas brasileiras, em um claro sinal de confiança e respaldo à nossa democracia. O destino do ex-presidente e seus sectos é o fracasso em suas tentativas de romper com o Estado Democrático de Direito, desertores da democracia não merecem anistia e sim toda rigorosidade da Lei, todos os que amam a liberdade e a justiça desejam que os criminosos paguem pelos seus diversos crimes contra a República brasileira.
* Kairo Araújo – historiador