Do dia 15 ao dia 31 de maio o 2º Conselho Tutelar de Rio Branco, realizou várias atividades de enfrentamento e combate aos abusos sexuais de crianças e adolescentes. A data alusiva a causa, foi no último dia 18, mas as ações de enfrentamento se estenderam até esse período. Na ocasião, foram realizadas atividades nas escolas com palestras, roda de conversa e interação entre a rede de proteção.
Segundo o conselheiro Anilton Andrade, coordenador das atividades durante o período, se detectou que o número de crianças e adolescentes explorados sexualmente, principalmente no seio familiar, ainda é grande.
“A avaliação que eu tenho é, que há muitos casos escondidos e quando levamos o assunto, abrimos os olhos de crianças e adolescentes sobre o assunto e como denunciar. A gente acaba encontrando situações de abuso sexual que é cometido dentro de casa e que as crianças não têm noção de que estão sendo exploradas e que são vítimas.”
Em Rio Branco, uma rede de proteção foi criada para combater essa exploração sexual, que vai desde os conselheiros tutelares, Ministério Público, secretaria de Saúde e outros órgãos engajados. A prefeita de Rio Branco em exercício, Marfisa Galvão, disse que o cuidado com as crianças passa no fortalecimento de toda a rede, e que o poder público tem o dever de assistir as vítimas e fortalecer essa rede.
“Temos que ter muito cuidado em proteger as crianças. Nós temos que realmente dar uma vida tranquila de bem-estar psicológica, social, educação e saúde. Isso são os poderes, são as instituições, de toda essa rede de proteção que tem o direito, mas a sociedade civil de garantir isso a essas crianças e adolescentes.”
A vereadora Lene Petecão, informou que a Câmara de Vereadores da capital, também faz parte da rede de proteção na criação de leis que apoiam as políticas públicas voltadas às crianças e adolescentes.
“Isso é uma pauta que temos levado constante na câmara. Eu mesma já apresentei uma necessidade que temos de criar mais um conselho, pois a população já chegou em quase 500 mil habitantes, mas também temos levantado a oportunidade também da gente ter mais psicólogo e assistente social nas escolas. Eu acho que as escolas identificam as crianças que estão em violência, que estão comprometidas na vulnerabilidade, então é um tema que eu conheço como assistente social e como parlamentar.”
Na ocasião, uma carta de compromisso foi apresentada à toda rede de proteção e autoridades, para renovarem o compromisso de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
“Além da carta compromisso, vamos começar a trabalhar e intensificar nossas ações a cada três meses para estar colaborando com a rede e zelando pelo cumprimento do direito da criança e adolescente”, concluiu o conselheiro tutelar.