Representantes da Associação de surdos dos Acre foram recebidos nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa. Com a mediação de interpretes de libras da casa, eles externaram para o presidente Luiz Gonzaga e o primeiro secretário Nicolau Júnior, todas as barreiras que estão enfrentando para fazer valer os direitos da pessoa surda, previstos em lei.
Lucas Vale, presidente da Associação, disse que em nenhuma esfera da administração pública é cumprida a Lei nº 13.180/21, que prevê a contratação de dois profissionais, tradutor e interprete, para atuar em seminários, palestras e afins. Ele também denunciou que dezenas de surdos não puderam realizar a prova do concurso da educação, porque a banca não colocou na sala de aula, nenhum interprete para auxiliar os candidatos.
Segundo ele, a Associação tem mais de 400 membros em todo o estado. Luiz Gonzaga lamentou o drama dos candidatos do concurso e garantiu que a Aleac vai ofertar total apoio as demandas da Associação.
“Vamos disponibilizar um assessor para acompanhar a associação e garantir que as demandas por eles apresentadas sejam encaminhadas para os órgãos responsáveis”, garantiu Gonzaga. O primeiro secretário Nicolau Júnior, sugeriu a realização de uma audiência pública, com a participação do Ministério Público, estado, município e demais órgãos, para que o problema seja debatido e encontradas soluções.
“Precisamos garantir que os direitos dessas pessoas sejam respeitados. Nós temos a obrigação de cobrar que uma lei aprovada aqui nesta casa seja cumprida. Se até hoje eles não tinham ninguém do lado deles, a partir de hoje terão a Assembléia Legislativa”, disse Nicolau.
Aleac