Histórias reais: ‘A BR-364 e a demagogia política’

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Chagas Batista – Cheguei na Cidade de TARAUACÁ em meados dos anos 70. Os militares e Governo ditadorial iniciado em 1964, estavam abrindo a BR 364 rumo a Cruzeiro do sul.

Após completar ligação (estrada de barro) era possível viajar de Cruzeiro até Rio Branco apenas no período do verão. No máximo dois meses ao ano: agosto e setembro.

Nesse período, o tema pavimentação da BR 364 virou pauta política em todas as eleições. Os candidatos faziam discursos e músicas para ganhar votos com promessa do asfaltamento da estrada.

A ditadura chegou ao seu suspiro final em 1985 e a promessa não foi cumprida. Veio o Sarney com a redemocratização e as promessas continuaram. Nesse período, as pontes dos rios também entraram no rol das promessas.

Era muito difícil, mesmo a estrada dando acesso apenas no verão, os viajantes eram obrigados ficarem horas e até dias esperando uma catraia, ou uma balsa para atravessar uma imensa quantidade de rios.

Terminou o governo Sarney, veio Collor, Itamar e Fernando Henrique e a tão propalada aspiração do asfaltamento da BR 364, que serviu para eleger muita gente, não realizou-se. Lula assumiu o compromisso da integração da região.

Lula assumiu compromisso de liberar os recursos para asfaltamento e a construção construção de todas as pontes. A promessa foi cumprida e a obra executada. Apenas uma pequena parte foi concluída pela presidente Dilma Rousseff.

Com chegada da extrema-direita ao poder no Brasil, o Acre e a BR 364 não receberam nenhuma atenção. Mais incompreensível é que Bolsonaro não fez uma única obra para o povo, deixou a estrada quase fechar, mas o Estado transformou-se na maior força do bolsonarismo.

Essa semana, quando assistimos a caravana da estrada, composta por parlamentares e gestores das esferas estadual e dos municipal comemorar a garantia dos recursos para recuperação da BR e ampliação da ponte do Rio TARAUACÁ, lembrei das promessas e das mentiras políticas do passado.

A maioria presente na caravana estava muito mais interessada em tirar fotos e fazer demagogia política com um feito que não lhe pertence.

Quase todos presentes estavam querendo apenas tirar proveito eleitoral, tanto que quase não se falou o nome do verdadeiro dono da obra. Lula!

Chagas Batista, de Tarauacá



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