PMRB considera greve abusiva e pede na Justiça que trabalhadores da educação retornem ao trabalho

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PMRB – Esgotadas as tentativas de diálogo para que os trabalhadores da Educação, em greve desde o dia 19 de julho, retornem ao trabalho, a Prefeitura de Rio Branco decidiu entrar na Justiça para garantir a volta das aulas nas creches e escolas de educação infantil da rede municipal de ensino.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (10), o secretário municipal de Gestão Administrativa, Jonathan Santiago, explicou que por entender que se trata de um movimento abusivo, a Procuradoria Geral do Munícipio ingressou uma ação com pedido de liminar pelo fim da greve dos servidores de apoio.

“Não estamos discutindo a legalidade dela porque são situações distintas, mas abusividade sim. Quando o sindicato traz demandas que não estão envolvidos um cunho social, um cunho econômico como demonstrei com números, a gente parte para outra situação que é o campo político dessa greve para tentar desgastar a atual gestão, mas nós estamos firmes e comunicamos novamente que em 2023 não teremos reajuste. Gostaríamos novamente que eles retornassem, que a gente vai seguindo negociando para uma possível implementação em 2024”, disse o secretário.

Incentivados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), serventes, merendeiras, vigias, cuidadores educacionais e demais funcionários administrativos das escolas decidiram pela greve exigindo aumento de 14,95%, o mesmo percentual concedido aos professores do magistério.

No entanto, ao expor os números para a imprensa, o secretário demonstrou que a prefeitura vem promovendo, ao longo dos dois anos e meio da atual gestão, a valorização dos servidores da educação municipal, desde melhorias salariais, como o reajuste do piso para R$ 1.500 na carteira, até a redução da jornada de trabalho de 35 para 30 horas.

Mesmo assim, segundo ele, o Município não irá se omitir de continuar a negociação, mas afirma que para este ano o orçamento previsto não permite mais reajustes.

“Nós não temos uma previsão de orçamento para 2023 para reajuste em folha. Já houve um reajuste considerável desde o ano passado e esse ano inclusive para esses servidores que estão em greve. O Município não está se omitindo de fazer um debate a partir da segunda quinzena de outubro até o mês de novembro que vai culminar com os estudos junto com o Tesouro para mandar a Lei Orçamentária para a Câmara de Vereadores e nesse momento, aí sim, a gente vai ter uma real situação”

De acordo com o secretário-adjunto de Educação, Paulo Machado, a greve é injusta e está prejudicando a população usuária dos serviços das cerca de 20 unidades escolares que estão de portas fechadas.

“Essa greve é inadequada, inoportuna e injusta porque há o reconhecimento do que a prefeitura vem realizando no sentido de valorizar os trabalhadores, além dos investimentos estruturais nas escolas que estão sendo reformadas, os investimentos em tecnologia, em transporte. São situações que poucas capitais no Brasil têm. Nós na escola prestamos um serviço social muito grande quando abrigamos essas crianças, alimentamos essas crianças e essas crianças ficando sem essa prestação de serviço, as famílias que precisam desse serviço são prejudicadas porque não podem trabalhar, porque não tem com quem deixar os filhos. Na minha opinião, essas famílias é que estão sendo as vítimas de todo esse movimento grevista irresponsável”.

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