Como surge o câncer?

A doença se desenvolve a partir de mutações genéticas nas células e as causas podem ser externas ou internas

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O câncer é uma doença crônica que surge a partir de alterações no DNA das células do corpo, que passam a receber “instruções” erradas para desenvolver as suas atividades. O crescimento das células cancerosas é diferente do crescimento das células normais. As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo incontrolavelmente, formando outras novas células anormais.

Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) demonstram que o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo e foi responsável por 9,6 milhões de mortes durante o ano de 2018. Ao nível global, uma em cada seis mortes são relacionadas à doença. Ainda conforme o INCA, o processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula maligna prolifere e dê origem a um tumor visível.

Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. Todo esse processo é determinado pela exposição a esses agentes causadores da doença, mas características individuais podem facilitar ou dificultar a instalação do dano celular.

O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas).  Conforme o INCA, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. Assim, as mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o comportamento podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.

Por falar nos aspectos externos, é preciso lembrar que ter uma alimentação adequada e saudável, evitando o consumo de alimentos ultraprocessados, e a manutenção de uma vida fisicamente ativa são formas efetivas de prevenir o câncer. Isso porque os dois elementos também ajudam a manter o peso saudável, já que o excesso de gordura corporal pode estar associado ao surgimento da doença.

Três estratégias de prevenção do câncer: 

1 – Alimentação Adequada e Saudável

Os alimentos são o combustível do corpo, e quando o assunto é prevenção do câncer as escolhas alimentares são muito importantes. Isso porque, segundo o INCA, enquanto alguns alimentos podem ajudar a nos proteger contra a doença, como os alimentos in natura e minimamente processados, outros podem aumentar o risco de desenvolvê-la, como nos ultraprocessados. Procure evitar o consumo de alimentos e bebidas ultraprocessadas, ou seja, produtos prontos para consumir ou aquecer, como lasanhas, salgadinhos, biscoitos recheados, alimentos do tipo fast-food, bebidas açucaradas, entre outros.

2 – Cuidado com o Peso

Segundo o INCA, aproximadamente 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil são atribuídos ao sobrepeso e obesidade, o que sugere uma forte relação entre a doença e o excesso de gordura corporal. Isso acontece porque a gordura em excesso faz com que o organismo permaneça em um estado inflamatório crônico, favorecendo a proliferação celular, o surgimento de mutações e, consequentemente, do câncer.

Entrando ainda mais no detalhe, o excesso de peso corporal está fortemente associado ao risco de desenvolver alguns cânceres específicos, como de: esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio e tireoide, entre outros. Cuidar do peso é importante para a manutenção de uma boa saúde, nutrição e prevenção não só do câncer, mas também de outras doenças crônicas, como hipertensão e diabete.

3 – Atividade Física

Tendo alimentação adequada e saudável aliada à atividade física, as duas formam um time no controle do peso corporal e, consequentemente, na prevenção do câncer. Segundo o INCA, manter o corpo em movimento promove o equilíbrio dos níveis hormonais, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, além de melhorar as funções vitais do organismo, o sistema cardiovascular, fortalecer o sistema imunológico e diminuir os radicais livres.

Fonte: Ministério da Saúde

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