Ano mais quente na história: impactos da degradação ambiental

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Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues – Estamos vivenciando as consequências diretas da degradação ambiental e do aquecimento global, com notícias de que o último ano foi o mais quente da história. Não usamos o termo consciência sem propósito, pois temos o poder e a responsabilidade de agir como agentes de transformação, mesmo diante das dificuldades.

Não adianta ficar isolado em casa, meditando sobre o assunto com o ar condicionado ligado. Também não adianta meditar na piscina do condomínio. É ineficaz confiar apenas em “especialistas” e ser passivo diante do que está acontecendo. Ter uma educação bancária, como Paulo Freire chamou, também não é suficiente.

Na visão educacional bancária, o conhecimento é visto como uma dádiva dos supostamente sábios para aqueles que se percebem como não sabedores. Essa doação está enraizada na ideologia opressora que destaca a elevação da ignorância, considerando-a sempre como algo externo. Ao reproduzir essa estrutura opressiva, a educação bancária mantém e reforça contradições, criando obstáculos para a ação dos indivíduos e, consequentemente, gerando frustração.

A educação bancária nos impede de mudar, ser criativos e nos leva à ignorância social, prejudicando a humanidade.

Em 2021, o Papa Francisco abordou a situação em sua encíclica “Laudato si”. Ele destacou uma crise ecológica, simbolizada pelo ‘grito da terra’, e uma crise social, representada pelo ‘grito dos pobres’, intensificadas pela pandemia de covid-19. O Papa ressaltou a oportunidade que as crises oferecem para reconhecer e aprender com os erros do passado. Ele instigou a pensar em grande escala, repensar prioridades e reprogramar o futuro, conclamando à ação conjunta. O líder dos 1,3 bilhão de católicos enfatizou que é o momento de agir.

Trago a bela letra de Beto Guedes, o Sal da Terra:

🎶 Anda, quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo, quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na terra amor
O sal na terra
A paz na terra amor
O sal da Terra, és o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta, leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã 🎶

Quero aprender a agir, a ser criativo, a liderar minha consciência e a ser um agente de mudança por mim mesmo, por todos nós e pelo nosso planeta.

Sérgio Ricardo Araújo Rodrigues. Advogado e professor universitário.

 

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