A Petrobras e a imprensa apoiadora do mercado (porque é parte do mercado)

petrobras

Reuters / Whitaker

oestadoacre reproduz neste fim de noite texto da president do PT, a deputada Gleisi Hoffmann…e que as pessoas simples  – que não vivem a política do dia a dia por não terem tempo, estarem cuidando da sua sobrevivência e também por não quererem viver a política – precisam saber para não serem enganadas pelo noticiário tendencioso e parcial da chamada grande imprensa – J R Braña B.


1) O @JornalOGlobo foi contra a campanha do Petróleo é Nosso, que deu origem à Petrobrás. Seus editoriais, naquele tempo, diziam que não havia petróleo no Brasil e, se houvesse, não teríamos capacidade de explorar. Em 2009, o senhor Sardenberg (locutor ideológico da CBN que só defende os interesses do mercado – J R Braña B) escreveu que “O petróleo do pré-sal só existe na campanha do governo”. Agora dizem que a Petrobrás não pode nem deve refinar o petróleo que produzimos.

2) O Globo e seus colunistas vociferam contra a retomada da refinaria Abreu e Lima, anunciada ontem pelo presidente Lula. Querem proibir a Petrobrás de refinar petróleo, produzir diesel e outros combustíveis aqui no Brasil. Pensam que a Petrobrás é deles, mas ela é do povo brasileiro, que a construiu ao longo de 70 anos com investimento público e o trabalho de nossa gente.

3) São contra a retomada da Abreu e Lima e a expansão do refino para manter o Brasil dependente de importações, pagando em dólares e engordando os lucros das petroleiras que eles sempre defenderam. Foi a política imposta pelo golpe do impeachment, que eles apoiaram e que Bolsonaro aprofundou: privatizar refinarias, oleodutos e a distribuidora, os elos mais lucrativos da cadeia produtiva de óleo e gás.

4) O plano era reduzir a Petrobrás a mera exploradora de petróleo, além de entregar nossas reservas aos concorrentes. Escorchar o povo com preços internacionalizados. E privatizar os lucros, inclusive o que foi obtido pela venda de patrimônio, esvaziando o caixa de empresa com uma distribuição indecente de dividendos que nenhuma petroleira privada ousa fazer.

5) Felizmente, para a Petrobrás e para o Brasil, Lula foi eleito e interrompeu o processo de desmonte e alienação da maior empresa do país, que já durava quase 7 anos. Lula nunca escondeu, antes, durante e depois da campanha, que retomaria os investimentos e o papel estratégico da Petrobrás no desenvolvimento nacional. Pensaram que era blefe. Era compromisso.

6) A Lava Jato, como recordou Lula, e a PGR de Rodrigo Janot atuaram sim sob comando (que chamavam de parceria) clandestino e ilegal do Departamento de Justiça e outros agentes dos Estados Unidos. Agiram como acusadores da Petrobras em processos e acordos que levaram a empresa a sangrar 4 bilhões de dólares, muito mais do que alegam ter “recuperado” para a estatal. Não é “lenda urbana”, senhor Magnoli, foi crime de lesa-pátria e é parte da história, registrada nos anais do STF.

7) Nos processos contra corruptos que justificaram a existência da Lava Jato, praticamente todos foram soltos, não pelo STF, mas no balcão de delações em que Moro e Dallagnol vendiam alívio de penas em troca de acusações falsas para tentar envolver Lula. A sentença de morte recaiu sobre pelo menos 2 milhões de trabalhadores que perderam o emprego na indústria brasileira de engenharia, de óleo e gás, destruída pela Lava Jato, em benefício de seus concorrentes estrangeiros.

8)O que o Globo e seus colunistas sustentam é um negacionismo de encomenda e de interesses não muito bem ocultos. Será preciso outra Lava Jato e outro golpe contra o governo do PT para que não sejam, mais uma vez, desmentidos pelos fatos e pela tenacidade do povo brasileiro em construir um país soberano e um futuro melhor.

(…)


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