A pauta do hospital universitário entra na ordem do dia. O deputado Edvaldo Magalhães levanta as preocupações pertinentes.
Edvaldo Magalhães defende democracia e transparência na federalização da Fundhacre
Aleac – Durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira (8), que discutiu a possível Federalização da Fundação Hospitalar, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) expressou sua opinião com relação à proposta. O debate estratégico, que marca uma nova fase na discussão sobre o Hospital Universitário, trouxe à tona questões essenciais para a decisão democrática e participativa.
“Todos nós, quando discutíamos sobre o Hospital Universitário, eu não encontrei ninguém contra. Por exemplo, eu fiz um ato aqui, e depois eu tive a oportunidade de poder apresentar uma moção de apoio à construção do Hospital Universitário”, afirmou o deputado, enfatizando a longa trajetória dessa discussão e a importância da participação plural nesta nova fase.
O cerne da fala do parlamentar reside na necessidade de abordar as preocupações dos cidadãos, especialmente dos servidores públicos, diante da proposta de federalização. Ele destacou a importância de sanar dúvidas e oferecer transparência na discussão:
“É extremamente a arte da política. É olhar para o outro, que tem muitas dúvidas, e esperar, no tempo da discussão, que todas as dúvidas sejam sanadas, para que a decisão seja uma decisão fundamentada na discussão da democracia e da participação.”
Magalhães expressou ainda cautela em relação à pressa na aprovação da proposta, enfatizando a necessidade de aprofundar diversos aspectos antes de tomar uma decisão final. Ele também ressaltou a importância de proteger e considerar o estado de espírito das pessoas afetadas pela mudança: “Se a gente não compreender o estado de espírito dessa pessoa e discutir o problema de forma transparente, a gente não vai ganhar corações e mentes de uma proposta que eu considero muito boa.”
A proposta de federalização da Fundhacre, segundo o deputado, deve ser debatida de maneira abrangente e transparente, considerando os impactos sobre os profissionais de saúde e a comunidade em geral. Ele argumentou que a medida pode representar um novo marco no atendimento do SUS no Estado do Acre, com ganhos significativos em serviços e fixação de profissionais.
Edvaldo Magalhães finalizou sua intervenção reiterando seu compromisso com a profundidade e seriedade do debate: “Não sou daqueles que vai adiar coisas por capricho. Nunca vou fazer isso aqui, mas acho que a gente vai precisar aprofundar vários aspectos antes da gente tomar a decisão. Tem ganho, vai ter ampliação de serviços, vai ter fixação de profissionais, não tenho dúvida disso. Mas, a gente tem que fazer protegendo a todos, inclusive àqueles que seguram o tranco todos os dias na Fundhacre, que são os servidores”, finalizou.
(Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac)