A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou um projeto que concede seguro-desemprego a agricultores familiares, seringueiros e extrativistas que comprovem perda acima de 40% da safra por fenômenos naturais ou pragas. O benefício é um salário mínimo por até quatro meses.
O relator deputado Pezenti destacou a urgência do suporte financeiro para milhares de famílias que vivem à margem da segurança econômica. Mas essa medida, embora necessária, apenas arranha a superfície do drama rural, onde o Estado ainda oferece respostas fragmentadas e burocráticas.
Para acessar o benefício, o trabalhador precisa comprovar vínculo formal e registro no Incra — exigências que deixam fora quem vive na informalidade estrutural do campo brasileiro.
O projeto ainda passará por outras comissões antes de virar lei, numa pauta que revela o quanto as políticas sociais rurais ainda caminham devagar.
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