IBGE: Censo 2022 escancara desigualdades nas reservas do Acre

No Acre, IBGE divulga dados inéditos sobre pessoas e domicílios situados em Unidades de Conservação

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IBGE – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia (11) o Censo Demográfico 2022: Unidades de Conservação – Principais características das pessoas residentes e dos domicílios, por recortes territoriais e grupos populacionais específicos.

O evento, realizado no Anfiteatro Garibaldi Brasil, no campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco, foi transmitido pelo IBGE Digital(vídeo abaixo) e pelas redes sociais do Instituto.


Resumo do Censo 2022 sobre Unidades de Conservação no Acre

Pela primeira vez em sua história, o IBGE realizou no Acre o lançamento nacional de uma divulgação do Censo Demográfico. O evento aconteceu no campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco, e apresentou os dados inéditos sobre a população que vive em Unidades de Conservação (UCs) no Brasil, com foco também no estado.

Destaques em relação ao Acre:

1 – Acre como protagonista: O estado sediou o evento nacional de divulgação, ressaltando sua relevância para os temas ambientais e a presença de comunidades tradicionais. A reitora da UFAC, Guida Aquino, e diversas autoridades locais participaram, reforçando a importância dos dados para orientar políticas públicas.

2 – Populações tradicionais: As reservas extrativistas são comuns no Acre e fazem parte das áreas de uso sustentável, que concentram 98,73% da população das UCs no país. O estado abriga importantes comunidades indígenas e extrativistas, como seringueiros e quilombolas, que agora passam a ter seus dados melhor identificados e mapeados.

3 – Precariedades persistem: Muitas das pessoas que vivem nas UCs – especialmente indígenas e quilombolas – enfrentam sérios problemas de saneamento básico, educação e infraestrutura. No Brasil, 4 em cada 10 moradores de UCs vivem em domicílios com algum tipo de precariedade, número que tende a ser ainda maior nas UCs da Amazônia, como no Acre.

4 Educação: A taxa de analfabetismo em UCs (8,84%) é maior do que a média nacional (7%). A região Norte, incluindo o Acre, concentra uma população mais jovem e com maiores desafios educacionais, especialmente entre os povos tradicionais.

5 – Importância para políticas públicas: Segundo o IBGE, a coleta desses dados visa dar visibilidade a populações historicamente invisibilizadas. O levantamento permite conhecer melhor quem vive nas reservas e florestas, facilitando a criação de políticas específicas para essas áreas.

Aqui o vídeo da transmissão do evento pelo IBGE

Considerações:

O lançamento no Acre marca uma conquista simbólica e prática para o estado, que abriga um dos maiores conjuntos de territórios protegidos do Brasil.

Os dados do Censo permitem visibilizar as realidades das populações da floresta e apontam para a urgência de ações públicas, especialmente nas áreas de saneamento, saúde, educação e desenvolvimento sustentável.


Material e dados completos do IBGE

(oea com info do IBGE, censo 2022)

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