Justiça suspende normas do Acre que enfraqueciam licenciamento ambiental

Decisão atende ação do MPF e reforça proteção a sítios arqueológicos e povos indígenas contra avanço agropecuário

A Justiça Federal acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF) e suspendeu trechos de normas do Acre que flexibilizavam o licenciamento ambiental e dispensavam consultas a órgãos federais de proteção.

A decisão, da 3ª Vara Cível e Criminal, atinge a Resolução nº 2/2022 do Conselho Estadual de Meio Ambiente e Floresta (Cemaf) e a Portaria IMAC nº 211/2024, consideradas inconstitucionais por violarem a legislação federal. As regras dispensavam licenciamento para atividades agropecuárias em áreas rurais consolidadas e eliminavam a necessidade de consulta prévia ao Iphan e à Funai.

Segundo o MPF, a flexibilização agravava a destruição de sítios arqueológicos no Acre, como Campo da Onça, Balneário Quinauá e Fazenda Missões, impactados pelo avanço da soja, milho e café.

A liminar obriga o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) a exigir licenciamento de todas as atividades agrícolas, pecuárias e agrossilvipastoris, além de realizar consultas obrigatórias ao Iphan e à Funai em processos em curso e futuros.

A decisão segue em tramitação e ainda cabe recurso.

(Com informações da Assessoria MPF) 

______________________________

🌎 Clique aqui e acompanhe o Acre de qualquer lugar do mundo!

Sair da versão mobile