O Senado dos Estados Unidos, de maioria democrata, rejeitou na noite desta sexta-feira (29) o plano aprovado horas antes na Câmara dos Representantes para reduzir o déficit orçamentário do país e elevar o limite de endividamento do governo federal.
O projeto do republicano John Boehner, derrotado por 59 votos a 41, condicionava uma futura elevação do teto da dívida à aprovação de emenda constitucional determinando que o governo federal equilibre seu orçamento antes de um novo aumento no teto da dívida, atualmente em US$ 14,29 trilhões – valor máximo estabelecido por lei.
Mais cedo nesta sexta, o presidente Barack Obama disse que qualquer solução para o impasse precisa ser conseguida pelos dois partidos.
Corrida contra o tempo
O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote – que seria o primeiro da história americana.
A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios.