“O rio Acre é uma responsabilidade de todos nós. Eu me lembro que descia o rio com a minha cachorra Duquesa, escondido da minha mãe, mas o rio era a nossa vida. Precisamos integrar empresas, gabinetes de deputados, federações para que cada um plante uma parte das árvores que as margens do rio necessita. Nossa meta é chegar a 200 quilômetros de margens plantadas”, disse o governador.
O objetivo do programa é integrar produtores rurais e sociedade em geral em torno da conservação e recuperação de nascentes e matas ciliares da bacia do rio Acre. “Essa é uma ação de governo que precisa ser abraçada por todos”, lembrou o deputado estadual Astério Moreira. O deputado estadual Eduardo Farias também participou do ato, como autor da lei que institui o dia 6 de agosto como aniversário do rio Acre. “É uma lei simples, mas, a intenção é trazer o debate para perto de nós. O rio era o principal meio de comunicação entre as pessoas e a Revolução Acreana foi possível por causa dele, por isso esta data”, explicou o deputado.
O rio Acre passa por Peru e Bolívia antes de chegar ao estado e terminar sua trajetória no Amazonas. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Edgard de Deus, o Acre tem 168 mil hectares de áreas de preservação permanentes (APP), das 37% estão degradadas. “Essa é uma luta que precisa intensificada, mas não adianta lutar sozinho. Qualquer prefeito que fizer uma ação que não seja integrada não terá sucesso”, observou o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim.
Os primeiros ribeirinhos a aderir ao programa assinaram neste sábado a adesão. “Há uma bolsa no valor de R$ 100 por mês para ajudar os ribeirinhos que tiverem necessidade. Eles serão guardiões do rio Acre. A meta é que em dez anos as matas estejam recuperadas”, disse o secretário.
Para o senador Jorge Viana, o programa lançado por Tião é um dos mais importantes para os tempos atuais. “O rio Acre não é apenas fonte de água para abastecermos nossas casas, ele é fonte de vida. Antigamente o nosso lazer era o rio e isso precisa voltar. Não temos o rio com o maior problema, grandes cidades enfrentaram situações piores e conseguiram vencer. O nosso rio ainda está vivo, embora danificado, ainda dá tempo de salvá-lo”, comentou.