A umidade relativa do ar ultrapassou os 70% no último domingo depois que choveu em grande parte do Estado. Porém, o pesquisador Dr. Alejandro Duarte Fonseca, do Departamento de Ciência da Natureza da Universidade Federal do Acre (Ufac), alerta que os percentuais voltarão a cair ainda esta semana.
Alejandro Duarte explica que a chuva registrada no domingo, 14, foi ocasionada pela soma de dois fatores: calor intenso e a passagem de uma corrente de frente fria que chegou ao norte do Atlântico.
“Isso fez com que a semana começasse com a temperatura mais amena, abaixo dos 30°C e com nebulosidade. Contudo, ao longo da semana os dias voltarão a ser de dias claros, calor intenso, principalmente depois do meio-dia e a umidade voltará a ficar baixa, com previsão de ser inferior aos 30% e 40%”, revela o pesquisador.
Segundo Alejandro Duarte, a ausência de chuva e a baixa umidade devem prevalecer até o mês de setembro.
“Somente em outubro as chuvas voltarão a ocorrer com maior frequência e então, será o início do que chamamos de inverno amazônico”, afirma Alejandro Duarte.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na manhã desta segunda-feira, 15, a temperatura está em 25°C, com sensação térmica de 26°C e a umidade relativa do ar de 88%.
Cuidados essenciais
O coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel João Oliveira observa que com os percentuais de umidade abaixo dos 30%, índice considerado muito baixo, é preciso ter atenção especial com crianças e idosos. Ele lembra que no período de estiagem as unidades de saúde registram crescimento no atendimento de crianças com diarreia.
“As pessoas devem ingerir bastante água, principalmente as crianças e os idosos. Outra dica importante é manter os ambientes abertos, arejados. Nos locais onde há aglomerações de pessoas é indicado que sejam utilizados umidificadores, mas quem não tiver um aparelho pode utilizar bacias com água, principalmente nos quartos durante a noite. As partículas de água ajudam a melhorar a respiração”, destaca o coronel João Oliveira.
O coordenador da Defesa Civil do Estado conta que o maior problema durante a estiagem é a incidência das queimadas, mesmo com a política de combate ao fogo implementada pelo Governo do Estado.
“Infelizmente há quem insista em atear fogo em terrenos baldios e lixo. Isso causa enormes transtornos, riscos para a população e agride o meio ambiente. Quando um cidadão presenciar uma área sendo incendiada deve imediatamente acionar o Corpo de Bombeiros para evitar maiores danos”, diz o coordenador.
Outra dica repassada pelo coronel João Oliveira é evitar que o fogo se aproxime das construções jogando água na área evitando que o fogo chegue ao local.