A construção da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, é uma esperança de resolver em parte o problema de energia no Brasil. No entanto, um problema não previsto está preocupando os engenheiros da obra. A área inundada – planejada para ter um reservatório que alagará mais de 250 quilômetros quadrados – vai afetar algumas torres do Linhão 1, que envia energia para o Acre, denominado pela Eletrobrás de ‘Circuito 1’ e que foi construído há uma década.
Algumas idéias estão sendo discutidas: pintar (com tinta especial) a base das torres do circuito 1 que serão afetadas ou construir bases de cimento e fincar as torres atingidas em cima dessas estruturas livrando-as do contato com a água. Por enquanto, nenhuma dessas opções ainda convenceu os engenheiros e a Eletrobrás de que darão certo.
Afora isso, tem o problema de acesso às torres. Como elas ficarão dentro de parte do lago formado pela barragem da hidrelétrica, qual será a logística para que os operários possam fazer a manutenção. Estruturas com barcos e até mini-estradas dentro do lago para cada um das torres já foram aventadas, mas nada foi decido ainda.
A hidrelétrica de Jirau é uma obra financiada pelo BNDES. A previsão para o funcionamento total da capacidade da usina é 2016.
Notas
-O Linhão 1 (circuito 1) terá que passar por nova revisão, pois já completou uma década de funcionamento.
-Caminhões a serviço do DNIT retiraram – e continuam retirando na região do Mutum Paraná (entre Porto Velho-Rio Branco) – cascalho de área próximas ao Linhão do Acre, o que afeta a estabilidade das torres de transmissão. O cascalho foi usado em trecho da rodovia BR-364.
-Esta semana, uma equipe do IBAMA retoma os trabalhos de verificação e fiscalização da construção do Linnhão 2 (Circuito 2).
-Três equipes trabalham na instalação das torres do Linhão 2 (Circuito 2), que enviará energia ao Acre.
-Toda a fiação de cabos para o Linhão 2 (Circuito 2) que passará pelo Rio Abunã já estão instalados desde a construção do Linhão 1 (circuito 1). Há 10 anos já se previa a construção de mais um circuito em direção ao Acre.