Juíza pede providência para melhorar situação de presídio

A juíza Luana Campos concedeu uma entrevista coletiva sobre a instauração de procedimentos administrativos contra o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).

Ela instituiu duas portarias, publicadas no Diário da Justiça Eletrônico, também nesta quinta-feira, nas quais informa que o Instituto ‘não adotou nenhuma das providências solicitadas em janeiro deste ano.’

Na ocasião, a juíza havia inspecionado junto com sua equipe as unidades prisionais da capital e solicitado que o Iapen apresentasse as medidas adequadas para dirimir o impasse.

Titular da Vara de Execuções Penais (VEP) de Rio Branco, Luana Campos diz que “os problemas permanecem sem qualquer solução”, sobretudo em relação à assistência médica e odontológica dos apenados e à superlotação.

-Constatamos diversas irregularidades, acerca das quais não foram tomadas quaisquer providências. Os problemas, na verdade, só pioraram. O atendimento, por exemplo, está de mal a pior, quase inexistente – declarou a juíza.

Ela explicou que o problema não se limita aos apenados ou seus familiares.

-Quem sofre é a sociedade, pois em um caso como esse, os egressos do sistema prisional saem pior do que entraram e vão cometer infrações e crimes maiores do que antes.

A magistrada determinou que dois servidores da VEP estejam presentes na unidade de saúde do presídio Francisco Oliveira Conde (FOC) para fiscalizar os serviços prestados e conversar com os presos.

O documento assinado pela juíza ressalta que a questão da superlotação permanece, bem como alguns prédios continuem impróprios para uso.

-É um preso em cima do outro literalmente – disse Luana.

Há atualmente 1.074 presos (entre os regimes semiaberto e provisório) para apenas 264 vagas de celas disponíveis.

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