Um destacamento de fuzileiros navais do Batalhão de Operações Ribeirinhas, subordinado ao IX Distrito Naval da Marinha do Brasil, sediado em Manaus (AM), está em Cruzeiro do Sul realizando patrulhas e inspeção naval ao longo do Rio Juruá. O exercício faz parte da Operação Ágata 6, realizada pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, com parceria de órgãos federais estaduais e municipais, visando coibir ações ilícitas na Amazônia.
Segundo o tenente Vinícius, comandante do Batalhão de Operações Ribeirinhas, nas abordagens das embarcações são fiscalizados a documentação, os equipamentos de segurança e o transporte de materiais perigosos junto com passageiros. As abordagens estão tendo um sentido mais educativo, no entanto, o tenente alerta que em dezembro deverá ser inaugurada uma agência da Capitania Fluvial em Cruzeiro do Sul, quando a fiscalização será rotineira e obrigará todos a se ajustarem às leis, trazendo assim mais segurança ao tráfego fluvial.
O tenente também especificou outra vantagem: hoje as embarcações só podem se regularizar em Eirunepé (AM) – com a agência em Cruzeiro do Sul, todos os serviços serão oferecidos aqui. Para suas ações, o batalhão da Marinha conta com o apoio da Polícia Federal especialmente em relação a tráfico de drogas, de plantas ou de animais da biodiversidade local e contrabando, e também tem o apoio do 61º BIS, com soldados e embarcações.
Índio Ashaninka se afogou
No domingo, 14, o grupo de inspeção naval avistou um grupo de índios pedindo ajuda, próximo à Boca do Rio Môa. Os índios estavam descendo o rio numa canoa de motor de rabeta, aparentemente alcoolizados, e a canoa virou. Um dos índios estava desaparecido. Os demais pediram ajuda à patrulha, que logo acionou mergulhadores do Corpo de Bombeiros e, utilizando duas embarcações cedidas pelo 61º BIS, localizaram o corpo do indígena Francisco Ashaninka, de 36 anos, três horas mais tarde.