Ministro dos Transp: ‘construir estrada no Acre é epopeia’

“É fundamental todos terem conhecimento da verdade e do esforço que fizemos quando eu era governador, que seguiu com o governador Binho e agora é feito pelo governador Tião, que toda semana vai fiscalizar pessoalmente as obras da BR-364”. A afirmação foi feita na manhã desta quarta-feira, 16, pelo senador Jorge Viana durante audiência Pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, com a presença do ministro dos Transportes, César Borges e do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), general Jorge Fraxe.

Durante a audiência sobre o descumprimento de determinações em relação à estrutura do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, Jorge Viana fez esclarecimentos sobre a importância da BR-364 e BR-317 e das obras executadas pelo governo do Acre nos últimos anos e que permitiram o bom funcionamento das duas estradas fundamentais para a integração rodoviária do Acre.

“Ouvi do Ministro César Borges, que visitou o Acre recentemente, a reprodução de um termo que eu sempre uso: construir a BR-364 no Acre é uma epopeia. É caríssimo e muitas empresas que trabalharam ficaram em dificuldade financeira pelo rigor que sempre adotamos. Já imaginou fazer uma BR de mais de 600 km numa região de tabatinga, sem piçarra, onde você tem que espalhar toneladas de cimento no chão para dar alguma rigidez?”, indagou Jorge Viana, logo depois da audiência, em sua fanpage no Facebook.

O senador acreano também lamentou a ação de alguns parlamentares que insistem em questionar a obra e, com isso, causam prejuízos ao Estado. “Todos nós deveríamos estar juntos ajudando na sua execução e não brigando. Estou certo de que a verdade sobre essa obra sempre prevalecerá. Com o trabalho do Governador Tião Viana e o apoio de todos nós, está sendo feito um ótimo trabalho de recuperação asfáltica na BR-317 e na BR-364 da divisa de Rondônia até Sena, graças ao apoio da Presidente Dilma ao Acre”, disse Jorge Viana ao destacar a importância do governo federal no trabalho de manutenção dos trechos, que até bem pouco tempo era feito pelo Estado.

“Eu fui governador. Sabe quem fazia a manutenção da BR-364? O Estado. E não era porque o Estado recebia dinheiro e não fazia bem feito. Fazia com recursos próprios do Estado. Imagine o que é um governo pobre tendo que cuidar de uma BR! Nós cuidávamos, nós fazíamos. Agora, graças ao apoio da presidenta Dilma, o governo federal está fazendo e isso é bom”, disse o senador que falou ainda sobre a importância das obras da ponte do Rio Madeira que, por conta do lobby do dono da balsa que faz a travessia do rio, há anos vem sendo embargada, causando sérios prejuízos para o Estado do Acre.

“Nós temos agora uma ótima notícia: a ponte do rio Madeira já foi licitada e, se não tiver atrapalho, os trabalhos podem começar ainda este ano. Foi fundamental nossa luta junto com o Senador Aníbal e toda bancada federal do Acre. Estamos vencendo mais esta batalha difícil. Trata-se de uma obra fundamental para o Acre”, disse Viana.

Ministro: ‘construir estrada no Acre é epopeia’

Ao final da audiência o ministro César Borges agradeceu ao senador Jorge Viana pelas ponderações, lembrou que esteve recentemente no Acre e acompanhou de perto as obras de construção da BR- 364. “Eu fui ao Acre e vi que, realmente, a construção da BR-364 no Acre é uma epopeia. No Acre, há uma particularidade de solo. É um solo com muito pouca argila, que, se desfaz muito facilmente na presença de água. E o que há mais na Amazônia é água. Então, realmente, é uma situação muito difícil. O que eu vi foi o seguinte: para o Estado cuidar dessa estrada, fica um peso muito grande. Vendo a situação lá e sabendo que aquela é uma estrada essencial, fundamental para a vida do Estado”, disse o ministro.

Ao conhecer de perto a realidade da BR-364, César Borges disse que determinou que, independentemente de qualquer coisa, o Ministério dos Transportes, através do DNIT, se colocou inteiramente à disposição do Estado, para assumir  a manutenção dos trechos.

“É uma estrada federal, é uma BR. Ela foi feita por delegação, e houve um esforço do Estado do Acre. E, agora, seria mais do que normal e natural que também o Governo Federal viesse a assumi-la, para fazê-la diretamente. Estamos no começo do trabalho, mas queremos que ela fique transitável para qualquer carga que esteja dentro dos limites do DNIT durante todo o ano. É disso que o Acre precisa. E acho que o Brasil também precisa disso, porque o Acre é importante para o Brasil. E nós vamos trabalhar nesse sentido, independentemente de qualquer outra questão”, disse o ministro dos Transportes.

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