Em entrevista que foi ao ar nesta noite na TV Gazeta, o dirigente do Partido Comunista do Brasil e secretário de Indústria e Comércio conclama a Frente Popular (FP), que reúne os partidos que dão sustentação ao governo Tião Viana, PT, a preservar a unidade de organização de 20 anos para superar os problemas de composição da chapa majoritária nas próximas eleições de outubro. Veja trecho em vídeo da entrevista na TV Gazeta.
Edvaldo Magalhães respondeu questionamentos do entrevistador do Programa Gazeta Entrevista (Alan Rick) sobre a polêmica das últimas duas semanas – disputa entre a deputada federal Perpétua e o senador Aníbal Diniz pela indicação da FP ao senado – afirmando que os partidos que governam o Acre há 16 anos não podem fugir à responsabilidade de suas decisões.
-Não podemos pedir para a população decidir entre Perpétua e Aníbal lançando os dois para a disputa ao senado. Nós da Frente Popular, os dirigentes, os partidos, é que temos de decidir, de chegar a um entendimento preservando e priorizando nossa unidade, que sempre foi a chave da vitória – afirmou.
Para o PCdoB, garante Edvaldo, a candidatura de Perpétua Almeida ao senado ‘é uma questão inarredável ‘. Para o comunista, ainda há tempo suficiente para que os partidos da Frente Popular debatam suas posições e cheguem a um denominador comum.
-Por ser uma Frente não pode ter dois candidatos. Só temos uma vaga ao Senado. E o PCdoB entende que nas próximas semanas resolveremos esse problema dentro da nossa aliança – acredita Edvaldo.
‘Perpétua como vice está descartado’
Outra pergunta respondida foi sobre se num possível tensionamento do PT pela candidatura do atual senador Aníbal à reeleição se o PCdoB indicaria Perpétua para vice-governadora .
Edvaldo disse que ‘esse debate não existe’ e que o candidato a vice deve ser último a ser escolhido, porque ‘se trata de um cargo que tem a ver com governança e a manutenção de um projeto político que está dando certo no Acre. Sempre foi assim na Frente Popular’.
O apresentador pergunta :
E se o PT fechar questão na candidatura de Aníbal? Qual é o Plano B do PCdoB?
Edvaldo – Nós somos uma experiência política de mais de 20 anos de organização. O que nos trouxe até aqui foram duas coisas: nosso programa e nossa unidade. Uma composição política não pode ser monolítica. Tem que ser plural a fotografia. A Frente Popular terá uma única candidatura ao senado e nossa chapa será altamente competitiva. Tenho essa convicção.
O apresentador insiste: Para o PCdoB é o senado com a Perpétua e pronto?
Edvaldo – O senado e pronto é arrogância. Vamos legitimar uma candidatura que já vem sendo debatida na população há muito tempo.
Alan Rick pergunta: o Senhor será candidato a deputado federal, estadual?
Edvaldo – Não. Eu decidi não ser candidato nestas eleições. É uma decisão pessoal. Levei tempo para convencer o meu partido. Porque a maior colaboração que posso dar é como militante e dirigente da Frente Popular. Uma candidatura minha a deputado federal não ajudaria na consolidação da candidatura ao senado da Perpétua. Uma candidatura minha a deputado estadual sufocaria o surgimento de novas lideranças dentro do PCdoB. Seria um egoísmo meu.
bloco 1:
bloco 2:
Bastidores da gravação:
A entrevista completa foi ao ar nesta noite na Record (Gazeta) local.
[por jrbrana]