Empresário que atua no comércio de Bambu mostra interesse no Acre

O bambu e as mais variadas maneiras que essa matéria-prima pode ter na construção civil e na fabricação de móveis foi o tema principal da reunião entre o empresário Mark Neelman, a doutora em ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Cláudia Moreno Paro e o governador Tião Viana, na manhã desta quarta-feira, 29.

Mark Neelman contou a Tião Viana que está no Acre para fazer uma prospecção de negócios de beneficiamento do bambu, planta comum na região. O empresário ressaltou que já atua nesse ramo no Vietnã, e a proposta de sua empresa é focada no mercado de construção civil mundial, que já passa a utilizar a planta como matéria-prima nas obras.

“Há casas que estão sendo construídas com 60% de bambu beneficiado. Além disso, ele também pode ser utilizado para a construção de móveis, entre outros benefícios. No Vale do Silício, nosso principal mercado, há empresas de construção que já usam o bambu no lugar do aço”, declarou o empresário.

Cláudia Moreno, especialista em ecologia, diz que no Brasil o bambu ainda não tem seu valor explorado e que isso precisa mudar, e portanto, o trabalho da empresa de beneficiamento é tão importante. “Quando a planta [bambu] passa por processos é garantida uma durabilidade por uns 70 anos. Precisamos mudar a visão que as pessoas têm do bambu, porque ele é uma matéria-prima rica”, completa.

O governador Tião Viana afirmou que o Acre possui políticas de incentivo para empresas que atuam no setor de sustentabilidade, e ressaltou regiões como Sena Madureira e Tarauacá.

“Nós estamos localizados numa região favorável à exportação, na rota do Oceano Pacífico. Outras empresas já começam a se instalar no Acre, uma das quais é a empresa que atua na área de alimentos, com especialização na produção de açaí liofilizado em pó, que deverá lançar sua pedra fundamental neste semestre”, afirmou.

Neelman garantiu que ainda nesta semana, acompanhado por Cláudia Moreno e sua assistente Jesulene Ferrão, visitará os municípios apontados por Tião Viana para verificar in loco não apenas o bambu, mas conhecer a taboca, planta nativa comum em florestas da Amazônia.

[divulgação agana]

 

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